A ministra da Habitação, Hania Pérez de Cuéllar, afirmou em entrevista que o corte não é resultado de um problema de desabastecimento, mas sim de um trabalho programado para garantir o serviço. Segundo ela, o El Niño está atingindo o Peru desde março e deve se intensificar no primeiro trimestre de 2024, o que pode causar chuvas intensas, secas e transbordamentos de rios, levando a restrições no fornecimento de água potável.
O anúncio do corte no fornecimento de água também gerou um escândalo político no país. O Congresso tem realizado discussões sobre os motivos técnicos do corte e alguns parlamentares chegaram a pedir a privatização da empresa prestadora do serviço. O Ministério Público abriu uma investigação para apurar o caso.
O corte no fornecimento de água está programado para durar até 96 horas e irá afetar 22 dos 43 distritos de Lima, que é uma das poucas capitais do mundo construídas em um deserto. De acordo com a empresa pública de água do Peru, o corte será necessário para a ligação de tubulações de 2 metros de diâmetro que irão beneficiar setores menos favorecidos do sul de Lima. Durante o período de corte, poços e caminhões-pipa serão utilizados para a distribuição gratuita de água potável.
A população está apreensiva e espera que as autoridades tomem as medidas necessárias para garantir o abastecimento de água durante o período de corte. O governo, por sua vez, reforça que a medida é para garantir a melhoria do serviço e não está relacionada a problemas de desabastecimento. Resta agora aguardar para ver como a situação será conduzida e se os moradores serão afetados de forma significativa pela falta de água.
