Justiça russa rejeita recurso de Navalny e mantém condenação a 19 anos de prisão por “extremismo”

A Justiça russa rejeitou nesta terça-feira (26) o recurso do principal opositor russo, Alexei Navalny, contra sua condenação a 19 anos de prisão por “extremismo”. Essa decisão representa um golpe severo para Navalny, podendo levá-lo a uma penitenciária mais rígida.

Após uma audiência da qual o opositor participou por videoconferência da prisão, a corte de apelações decidiu manter sem alterações o julgamento de Navalny em primeira instância, conforme declarado pelo magistrado Viktor Rogov.

Artigos relacionados

Navalny foi a voz mais forte da oposição russa durante a última década e convocou grandes manifestações contra o governo antes de ser preso em 2021. Ele foi acusado de fraude, acusações que, segundo seus aliados no país e exterior, foram punitivas.

No mês passado, o opositor foi condenado a 19 anos de prisão em uma colônia penal de segurança máxima, acusado de criar uma organização que minava a segurança pública através de “atividades extremistas”.

O advogado de 47 anos foi preso em 2021 após voltar a Moscou procedente da Alemanha, onde passou um tempo se recuperando de um envenenamento pelo qual ele culpa o Kremlin. Anteriormente, ele já havia sido condenado a nove anos de prisão por denúncias de apropriação indevida de recursos.

Atualmente, Navalny está detido em uma colônia prisional a 250 quilômetros de Moscou. Com a confirmação da condenação, ele poderá cumprir sua pena em uma das colônias russas com “regime especial”, estabelecimentos do sistema carcerário russo reservados aos criminosos mais perigosos e condenados à prisão perpétua.

Desde que foi preso, Navalny se comunica com o mundo exterior através de mensagens transmitidas por seus advogados, nas quais ele segue denunciando a política do Kremlin e sua ofensiva na Ucrânia. Nas audiências, o opositor aparece extremamente magro e abatido.

A repressão contra as vozes dissidentes tem aumentado após o início da ofensiva russa contra a Ucrânia, em fevereiro de 2022, forçando a maioria do movimento de oposição a partir para o exílio.

É importante ressaltar que as informações aqui apresentadas são baseadas em relatos divulgados pela imprensa e não citam a fonte específica dos mesmos.

Artigos relacionados

Verifique também
Fechar
Botão Voltar ao topo