O sequestro ocorreu no último sábado (23), quando Yolanda saía de um shopping na companhia de duas mulheres. Segundo as informações, a prefeita entrou em contato com a polícia de Cotija por volta das 5h, horário local, informando que havia sido libertada e estava viajando em um ônibus para a cidade de Zamora, em Michoacán.
A polícia, juntamente com a Guarda Nacional, interceptou o ônibus no município de Miramar e escoltou a prefeita até Cotija. Acredita-se que os autores do sequestro sejam membros do Cartel Jalisco Nueva Generación (CJNG), que teriam ameaçado Yolanda por sua oposição ao controle do grupo criminoso sobre a polícia em seu município.
Michoacán é conhecido por seus destinos turísticos e sua indústria agroexportadora próspera, mas também é um dos estados mais violentos do México, devido à atuação de grupos criminosos envolvidos com extorsão e tráfico de drogas. Os prefeitos são frequentemente alvos das máfias, que desejam controlar territórios e dominar as autoridades de segurança.
De acordo com um levantamento da consultoria Etellekt divulgado em janeiro deste ano, 96 prefeitos foram assassinados no México desde 2000, incluindo algumas mulheres. Essa realidade reflete a grave situação de violência e insegurança que o país enfrenta, especialmente no que diz respeito ao crime organizado.
O sequestro e posterior libertação da prefeita Yolanda Sánchez Figueroa levantam questões sobre a capacidade do governo mexicano de garantir a segurança e a integridade das autoridades locais. A violência crescente no país tem sido um desafio constante para as autoridades, que buscam enfrentar o poder dos cartéis e estabelecer a ordem e o estado de direito. O episódio reforça a necessidade de uma atuação efetiva para combater o crime organizado e oferecer proteção adequada aos representantes públicos, que correm riscos significativos ao exercerem suas funções.
