Brasil passa a liderar o ranking de inovação na América Latina após subir cinco posições, segundo Índice Global de Inovação

O Brasil conquistou uma posição de destaque no Índice Global de Inovação (IGI), alcançando o 49º lugar entre 132 países. Essa colocação revela uma melhora significativa em relação ao ranking de 2022, onde o país ocupava a 54ª posição. Além disso, o Brasil superou o Chile, tornando-se o líder do ranking da América Latina e Caribe pela primeira vez.

Os dados foram divulgados pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) durante o 10º Congresso Internacional de Inovação da Indústria, sediado no São Paulo Expo. Essa conquista é especialmente relevante para o país, que estava fora do grupo das 50 economias mais bem classificadas no IGI há 12 anos.

Comparado aos outros países do grupo BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), o Brasil ocupa a terceira colocação, à frente da Rússia e da África do Sul. A China se destaca nessa lista, ocupando a 12ª posição, enquanto a Índia está no 40º lugar.

Entre os indicadores avaliados, o Brasil apresentou excelentes resultados em serviços governamentais online e participação eletrônica, ficando em 14º e 11º lugar, respectivamente. Além disso, o país se destaca por ter 16 unicórnios, startups que atingiram alto valor de mercado, ocupando a 22ª posição. Os ativos intangíveis também contribuíram para a melhora da colocação brasileira, com boas posições em marcas registradas e valor global de marcas.

O IGI é divulgado anualmente desde 2007 pela Organização Mundial da Propriedade Intelectual (OMPI), em parceria com o Instituto Portulans. No caso do Brasil, a CNI e a Mobilização Empresarial pela Inovação (MEI) são parceiras na produção e divulgação do índice desde 2017.

Apesar dos avanços, o Brasil ainda tem potencial para melhorar sua posição no ranking, levando em consideração a avaliação da CNI. Atualmente, o país possui a 10ª maior economia do mundo, o que mostra que há espaço para crescer no cenário da inovação. Para o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade, investimentos e políticas direcionadas à ciência, tecnologia e inovação são essenciais para aproveitar esse potencial.

O cálculo do IGI é baseado em indicadores divididos em “insumos de inovação” e “resultados de inovação”, com pesos diferentes para cada um deles. Os insumos de inovação se referem às condições e elementos disponíveis para apoiar atividades inovadoras, como educação e ambiente de negócios. Já os resultados de inovação indicam o desempenho do país em termos de produção científica, patentes e novos produtos.

Com essa conquista, o Brasil demonstra que está no caminho certo em relação à inovação. No entanto, é necessário investir cada vez mais nessa área para que o país alcance todo o seu potencial e se torne referência global em termos de desenvolvimento tecnológico.

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