Líder da direita espanhola, Alberto Núñez Feijóo, tem sua candidatura rejeitada pelo Parlamento, adiando possibilidade de novo governo.

O líder da direita espanhola, Alberto Núñez Feijóo, teve sua candidatura para assumir a presidência do governo rejeitada pelo Parlamento nesta quarta-feira (27). Esse resultado era esperado e ativou uma contagem de dois meses para que outro candidato tente formar um novo governo antes de serem convocadas novas eleições legislativas.

Apesar de ter vencido as eleições legislativas de julho, o Partido Popular (PP) de Feijóo não conseguiu os 176 votos necessários para torná-lo primeiro-ministro, mesmo com o apoio da legenda de extrema direita Vox. Na primeira votação, o político galego recebeu 178 votos contrários e 172 favoráveis. Agora, ele terá uma segunda votação na sexta-feira, onde uma maioria simples também seria suficiente, porém é improvável que ele obtenha os votos necessários.

Apesar dessa derrota, Feijóo utilizou a sessão de investidura para criticar o atual presidente do governo, o socialista Pedro Sánchez, e os independentistas catalães, de quem Sánchez depende para ter o apoio necessário para ser reeleito. O líder exilado da legenda independentista catalã Junts, Carles Puigdemont, impôs como condição central do apoio que o governo promova a anistia aos condenados por participar da tentativa de independência da Catalunha em 2017. Puigdemont vive atualmente na Bélgica para evitar a prisão.

Enquanto isso, Sánchez, presidente do governo cessante, terá a oportunidade de tentar reconquistar a confiança do Parlamento e ser reintegrado como chefe do Executivo. O líder socialista tem o apoio da frente de esquerda Sumar, porém precisa do apoio dos partidos independentistas, incluindo o catalão Junts. Feijóo, por sua vez, se apresentou como a alternativa ao governo atual, criticando seu “modelo de chantagem e de concessões com quem não acredita em nosso país”.

A situação política na Espanha segue indefinida, com a possibilidade de novas eleições legislativas caso nenhum candidato consiga obter a confiança do Parlamento. Enquanto isso, Sánchez permanece otimista com a possibilidade de retornar ao poder e já perdoou os condenados pela tentativa de independência da Catalunha em 2021. No entanto, ele ainda não se pronunciou sobre a possibilidade de uma anistia, imposta como condição pelos independentistas catalães.

Acompanharemos os desdobramentos políticos na Espanha nos próximos dias, aguardando a segunda votação de Feijóo e possíveis negociações para formar um novo governo.

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