De acordo com Luciana, o governo federal destinará R$ 60 bilhões em projetos de inovação, sendo que parte desse investimento pode ser não reembolsável, já que a inovação é uma atividade de risco. A ministra enfatizou que a indústria é o motor da soberania produtiva e ressaltou a importância do encontro do Conselho Nacional de Desenvolvimento da Indústria, que não ocorria há sete anos, como um espaço fundamental para debates sobre o setor.
Celso Pansera, presidente da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), também ressaltou a abertura do governo para aprimorar a neoindústria e destacou a necessidade de repensar as estratégias brasileiras. Pansera defendeu a formação de grupos de trabalho com ações e parâmetros bem definidos, destacando a importância de enfrentar os gargalos existentes e estabelecer metas claras.
A preocupação com o meio ambiente e as desigualdades sociais foi uma das principais temáticas dos discursos iniciais do congresso. Decio Lima, presidente do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), ressaltou que o Brasil tem agora a oportunidade de mudar o paradigma da economia, especialmente pelo protagonismo em espaços como o G20. Lima destacou que não é possível avançar na inovação sem solucionar previamente um sistema socialmente excludente, afirmando que a inovação tem o objetivo de aumentar a criatividade humana para criar um mundo melhor.
O Congresso Internacional de Inovação da Indústria conta com cerca de 20 mil inscritos e reúne representantes do governo, especialistas e empresários para discutir estratégias e políticas de inovação no Brasil. O evento serve como um importante espaço para debater os desafios e oportunidades do setor, além de incentivar a troca de experiências e o fortalecimento da indústria nacional. As medidas anunciadas pela ministra Luciana Santos refletem o compromisso do governo em impulsionar a inovação e promover o desenvolvimento econômico sustentável.