Protesto em Bogotá reúne mais de 23 mil indígenas, trabalhadores e estudantes em defesa do governo de Gustavo Petro

Na última quarta-feira (27), mais de 23 mil indígenas, trabalhadores e estudantes se reuniram em Bogotá para protestar e apoiar o presidente Gustavo Petro. O objetivo do protesto foi defender o governo e suas reformas progressivas, além de lutar pela paz na Colômbia.

Os manifestantes se reuniram na Praça de Bolívar, após uma caminhada pelas principais ruas da capital colombiana. Com lenços, bandeiras, bastões de comando e instrumentos musicais, eles demonstraram sua união e determinação em apoiar o presidente.

Segundo informações da prefeitura de Bogotá, pelo menos 23 mil pessoas participaram do protesto pacífico, vindas de diferentes regiões do país. O presidente colombiano convocou os eleitores de Petro a marcharem “pela paz, pela vida, pela justiça social após os mais recentes atos de violência”. Esses atos se referem aos ataques de grupos guerrilheiros no sudoeste do país.

O governo tem sido criticado por suas tentativas precipitadas de selar a paz com os dissidentes das FARC (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) e do ELN (Exército de Libertação Nacional), que não aceitaram o acordo histórico de 2016. Na semana passada, o maior braço dos dissidentes, o Estado-Maior Central, realizou ataques a delegacias de polícia no sudoeste, resultando na morte de dois civis e feridos.

Em meio às negociações de paz, o governo também tem realizado uma ofensiva militar contra os cultivos de drogas em Cauca, resultando na morte de cerca de 20 combatentes, de acordo com informações oficiais.

No entanto, o governo tem enfrentado críticas da oposição e da imprensa, que denunciam o uso de verbas estatais para a realização do protesto e acusam o candidato de esquerda a prefeito de Bogotá, Gustavo Bolívar, de tirar proveito das manifestações.

Segundo o ministro do Interior, Luis Fernando Velasco, o governo forneceu algum apoio aos manifestantes, incluindo transporte e outras despesas, de acordo com o previsto na lei.

Desde que assumiu o cargo, Petro tem utilizado a mobilização social como forma de promover suas políticas. No entanto, apesar de sua promessa de transformar profundamente a Colômbia, ele tem enfrentado dificuldades para aprovar reformas no sistema de saúde, de pensões e de trabalho.

O protesto em Bogotá demonstrou o apoio dos indígenas, trabalhadores e estudantes ao presidente Gustavo Petro, mas também revelou os desafios que ele enfrenta para consolidar a paz no país e implementar suas reformas progressistas.

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