Segundo a cardiologista veterinária Cecília Carvalho, as principais doenças cardiovasculares tanto em cães quanto em gatos estão relacionadas à degeneração das válvulas cardíacas e à flacidez ou hipertrofia do músculo do coração. As doenças que afetam as válvulas são mais comuns nos cães de pequeno porte, enquanto a flacidez e a hipertrofia do músculo cardíaco são mais frequentes em cães de grande porte e gatos, respectivamente.
É importante que os tutores fiquem atentos aos sintomas, que podem incluir aumento do cansaço e alterações na respiração dos animais. Cecília ressalta que os cães de raças grandes são mais propensos a apresentar fraqueza no músculo cardíaco, o que pode levar ao acúmulo de líquido no corpo, conhecido como “barriga d’água”.
Já os cães de pequeno porte, como Lulu da Pomerânia, Chihuahua, Yorkshire, Pinscher, Poodle e Maltês, têm 75% de chance de desenvolver doenças cardíacas a partir dos dez anos de idade. Por isso, a cardiologista recomenda que a partir dos 6 ou 7 anos seja feita uma investigação para identificar possíveis problemas no coração desses animais.
No caso dos gatos, a cardiologista alerta que as doenças cardíacas podem ser ainda mais silenciosas e difíceis de identificar. A doença mais comum nesses animais é a cardiomiopatia hipertrófica, que pode levar a complicações como tromboembolismo e edema pulmonar.
A prevenção é o método mais eficaz para evitar doenças cardíacas nos pets. Realizar consultas regulares e exames de rotina pelo menos uma vez ao ano é fundamental para identificar problemas de saúde precocemente e garantir um tratamento adequado.
Portanto, além de cuidar da própria saúde, é importante que os tutores também fiquem atentos à saúde cardiovascular dos seus animais de estimação. Afinal, garantir o bem-estar dos pets é fundamental para proporcionar uma vida longa e feliz a eles.
