Repórter Recife – PE – Brasil

Município de Campina Grande, na Paraíba, é condenado a pagar R$ 200 mil por bebê decepado durante o parto.

Campina Grande, município localizado na Paraíba, foi condenado pela Justiça a pagar uma indenização de R$ 200 mil para um casal que presenciou a horrível cena de seu bebê sendo decepado durante o parto, ocorrido em 2009. O trágico acontecimento teve lugar no Instituto de Saúde Elpídio de Almeida (Isea). O caso veio à tona graças a um processo movido pelos pais da criança, que procuraram atendimento médico em Taperoá, sua cidade de residência, e foram encaminhados para Campina Grande devido à descoberta de que o bebê estava na posição invertida.

Conforme informado no processo, a mulher foi dispensada duas vezes pelo Isea antes de finalmente dar entrada no hospital, sentindo fortes dores. O médico responsável pelo plantão decidiu realizar um parto normal, mesmo sabendo que o bebê estava em uma posição anormal. O resultado dessa negligência foi a decepamento da cabeça do recém-nascido.

O relator do processo, o juiz Ruy Jander Teixeira da Rocha, titular da Terceira Vara da Fazenda Pública de Campina Grande, ressaltou que os pais da criança não foram informados sobre a causa da morte. Somente quando foram buscar o corpo para o sepultamento é que o pai descobriu que o bebê havia tido sua cabeça tragicamente degolada.

Em sua defesa, o município alegou que a mulher estava em trabalho de parto expulsivo, com bolsa de água rompida e prolapso de membros inferiores, afirmando também que o óbito ocorreu antes mesmo de o feto ser retirado do ventre materno. No entanto, o juiz responsável pelo caso considerou que houve uma clara negligência no atendimento à gestante e determinou que o município indenizasse o casal em R$ 200 mil.

Cabe ressaltar que a decisão ainda pode ser objeto de recurso por parte do município. Ainda assim, é evidente que o caso traz à tona uma dolorosa questão: a importância de um sistema de saúde eficiente e responsável, que priorize o bem-estar e a segurança dos pacientes. Trágicos eventos como esse não podem ser negligenciados ou ignorados, e é fundamental que sejam tomadas medidas para prevenir que situações semelhantes voltem a ocorrer. A vida e a saúde das pessoas não podem ser tratadas com tamanha irresponsabilidade e desrespeito.

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