Além disso, o levantamento mostrou que apenas metade das mulheres entre 40 e 49 anos realizou mamografia nos últimos 18 meses, sendo que o exame é recomendado anualmente nessa faixa etária. Esses dados foram divulgados no Parque Villa-Lobos, em São Paulo, durante o evento do Coletivo Pink – Por um Outubro para Além do Rosa, que marca o início da campanha de prevenção contra o câncer de mama.
Durante o evento, uma mamografia gigante foi instalada no parque, contendo uma exposição sobre mulheres que têm lutado contra a doença e mudando a história do câncer de mama. A cantora Karen Stephanie, por exemplo, relatou sua experiência pessoal com a doença, sendo diagnosticada aos 27 anos e atualmente considerada curada.
No entanto, a falta de informação sobre a prevenção da doença ainda é um desafio. A diretora médica da Pfizer, Adriana Ribeiro, ressaltou a importância da educação da população sobre os cuidados necessários e a desmistificação do câncer. Muitas vezes, as pessoas evitam fazer os exames por medo do resultado.
As estimativas do Inca apontam que, entre 2023 e 2025, serão diagnosticados quase 74 mil novos casos de câncer de mama no Brasil, resultando em 18 mil mortes. A média de idade das mulheres com a doença no país é de 53 anos, cerca de 10 anos mais jovens do que nos Estados Unidos. A incidência da doença é maior nas regiões Sul e Sudeste.
Diversos fatores de risco estão associados ao câncer de mama, como envelhecimento, história familiar, reposição hormonal, menopausa tardia, gravidez tardia, uso de anticoncepcionais, sedentarismo, obesidade e consumo de álcool. A oncologista Solange Sanches, do Hospital A.C. Camargo, destacou a importância do acesso à mamografia para um diagnóstico precoce, pois quanto mais cedo a doença for identificada, maiores são as chances de cura.
Portanto, é essencial que a educação sobre o câncer de mama seja disseminada entre a população feminina, incentivando a realização da mamografia e conscientizando sobre a importância da prevenção e detecção precoce da doença.