Estudo revela desconhecimento alarmante sobre câncer de mama entre mulheres brasileiras, aponta pesquisa encomendada pela Pfizer.

O câncer de mama continua sendo o tipo que mais mata mulheres em todo o mundo, de acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca). Um novo estudo encomendado pela farmacêutica Pfizer e conduzido pelo Ipec (Inteligência em Pesquisa e Consultoria Estratégica), revelou que ainda há um grande desconhecimento sobre o assunto entre as mulheres.

O levantamento, que ouviu 14 mil mulheres, mostrou que 60% delas acreditam que o principal método de detecção precoce do câncer de mama é o autoexame. Embora o autoexame seja importante para a identificação de alterações nas mamas, é a mamografia que tem a capacidade de detectar tumores menores e possibilitar um diagnóstico mais precoce.

O estudo também revelou que apenas metade das mulheres com idade entre 40 e 49 anos realizou mamografia nos últimos 18 meses, quando o recomendado é que o exame seja feito anualmente nessa faixa etária.

Os dados foram divulgados durante o evento do Coletivo Pink – Por um Outubro para Além do Rosa, que marcou o início da campanha de prevenção contra o câncer de mama. No evento, foi instalada uma mama gigante no Parque Villa-Lobos, em São Paulo, que abriga uma exposição sobre mulheres que têm transformado a história da doença.

Durante o evento, a cantora Karen Stephanie compartilhou sua experiência com o câncer de mama, que foi diagnosticado quando ela tinha apenas 27 anos. Ela relatou acompanhar de perto a doença há cinco anos e considera-se curada, apesar do trauma que é difícil de superar.

Para Adriana Ribeiro, diretora médica da Pfizer, a educação é a chave para combater o desconhecimento das mulheres em relação à prevenção do câncer de mama. Ela ressalta a importância de conscientizar a população sobre a necessidade de exames preventivos e desmitificar a doença.

Segundo estimativas do Instituto Nacional de Câncer (Inca), entre 2023 e 2025, serão diagnosticados cerca de 74 mil novos casos de câncer de mama no Brasil, resultando em aproximadamente 18 mil mortes. A média de idade das mulheres brasileiras com a doença é de 53 anos, cerca de 10 anos a menos do que nos Estados Unidos. A incidência do câncer de mama é maior nas regiões Sul e Sudeste do país.

Entre os fatores de risco estão o envelhecimento, a genética, a reposição hormonal, o histórico familiar, a menopausa tardia, a gravidez após os 35 anos, o uso de anticoncepcionais orais, o sedentarismo, a obesidade e o consumo excessivo de álcool.

A oncologista Solange Sanches, do Hospital A.C. Camargo, referência em tratamento de câncer em São Paulo, ressalta a importância do acesso à mamografia para o diagnóstico precoce da doença e reforça que quanto mais cedo o câncer de mama for identificado, maiores são as chances de cura.

Portanto, é fundamental que as mulheres fiquem atentas à prevenção do câncer de mama, realizando mamografias regularmente e adotando hábitos saudáveis. A conscientização e o acesso facilitado aos exames são essenciais para combater essa doença que continua sendo uma das principais causas de morte entre as mulheres.

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