Esse bebê bicho-preguiça receberá todos os cuidados necessários em Dois Irmãos e, quando estiver pronto, será encaminhado a uma instituição responsável por prepará-lo para sua reintegração ao seu habitat natural.
Diariamente, animais silvestres são encontrados em situações incompatíveis com a vida na natureza, como os indivíduos criados em cativeiros ou com alguma característica que comprometa sua sobrevivência. Nessas circunstâncias, é necessário acionar órgãos reguladores, como o Ibama, para resgatar e direcionar esses animais para locais com tratamentos adequados. É a partir dessa perspectiva que Pernambuco e a Paraíba se unem para oferecer os cuidados mais eficazes para esse filhote de bicho-preguiça.
O filhote em questão foi encontrado na Universidade Federal da Paraíba (UFPB) e resgatado pela Polícia Ambiental local. Posteriormente, ele foi encaminhado ao Centro de Triagem e Reabilitação de Animais Silvestres da Paraíba (Cetras-PB) e destinado pelo Ibama paraibano ao Parque Estadual Dois Irmãos.
Para possibilitar a chegada do bicho-preguiça ao Parque, foram seguidos alguns protocolos, incluindo a entrega de um relatório do Cetras-PB à equipe técnica do Parque, fornecendo informações sobre o animal desde o momento de seu resgate, além de um Termo para Transporte e Destinação da Fauna.
A colaboração entre os estados ocorreu devido ao sucesso do Projeto Bicho-Preguiça da Garganta Marrom, que cuida de filhotes dessa espécie visando seu crescimento até a fase adulta. Fernanda Justino, responsável pelo projeto, destaca que o filhote de bicho-preguiça exige muitos cuidados e poucas instituições têm sucesso em seu desenvolvimento. No projeto, eles dedicam atenção à alimentação, banho de sol e, se necessário, monitoramento durante a noite, pois o filhote tem riscos específicos nessa fase.
Cada animal atendido em Dois Irmãos recebe um tratamento personalizado, voltado às suas demandas individuais. Nesse caso, o filhote está sendo monitorado constantemente, pois ainda é muito jovem, e sua alimentação é composta por uma diversidade de folhas frescas e fórmulas adequadas para sua idade. Ele também recebe banho de sol duas vezes ao dia e passa por avaliações médicas periódicas.
O filhote será cuidado pelo projeto até que ele tenha maturidade suficiente para voltar à Paraíba. A estadia dele no projeto não tem um tempo determinado, mas estima-se que ele deva permanecer no Parque por pelo menos um ano. Quando estiver apto, voltará para a Paraíba e o Cetras-PB será responsável por acompanhar os próximos passos nos cuidados com o animal até que ele esteja pronto para ser reintroduzido à natureza.
