Campanha de multivacinação para crianças e adolescentes é promovida em sete estados brasileiros simultaneamente pelo Ministério da Saúde

A partir deste sábado (30), sete estados brasileiros iniciarão uma campanha de multivacinação para crianças e adolescentes com menos de 15 anos de idade. A ação será realizada simultaneamente na Paraíba, Ceará, Piauí, Alagoas, Tocantins, Goiás e São Paulo. O Ministério da Saúde é responsável pela promoção da campanha, que tem como objetivo atualizar as cadernetas de imunização, aumentar a cobertura vacinal e reduzir a reintrodução e disseminação de doenças preveníveis por vacinas no país.

Durante a campanha, serão oferecidas vacinas contra a poliomielite, hepatites, BCG, tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola) e covid-19. A ministra da Saúde, Nísia Trindade, ressalta a importância da vacinação para a proteção das crianças e dos adolescentes. Segundo ela, o Brasil já foi reconhecido mundialmente pela sua excelência em vacinação, mas nos últimos anos o país tem enfrentado uma queda nas coberturas vacinais, o que aumenta o risco de reintrodução de doenças já eliminadas aqui. Proteger as crianças e os adolescentes é um dever fundamental, defende a ministra.

Para uma maior adesão à multivacinação, o Ministério da Saúde está promovendo ações específicas nos estados, em parceria com gestores e lideranças locais. Essas ações levam em consideração a realidade de cada localidade, utilizando o método de microplanejamento recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Esse método consiste em atividades que vão desde a definição da população-alvo até a logística de vacinação.

O Ministério da Saúde destinou mais de R$ 151 milhões para o desenvolvimento da campanha nos estados e municípios participantes. Rondônia, Bahia, Pernambuco, Sergipe e Rio Grande do Norte serão os próximos estados a realizar a campanha de multivacinação. Em Rondônia, a articulação começará no dia 2 de outubro, enquanto nos demais estados ocorrerá no dia 7 de outubro.

É importante destacar que a multivacinação já foi realizada no Amazonas, Acre e Amapá no primeiro semestre deste ano, devido ao alerta de reintrodução de doenças pela fronteira. O Peru, país vizinho, registrou um caso de poliomielite em março, o que levou a OMS a considerar o Brasil como um local de risco muito alto para a reintrodução da doença desde 2016.

Em fevereiro, o governo federal lançou o Movimento Nacional pela Vacinação, visando restabelecer a confiança da população brasileira nas vacinas. Além da vacinação contra a covid-19, o movimento engloba os imunizantes previstos no Calendário Nacional de Vacinação, com ênfase nas crianças e adolescentes ao longo de 2023.