No entanto, o favorito na disputa é Mohamed Muizzu, líder de um partido político que defende uma maior aproximação com a China e o retorno à órbita de influência de Pequim. Muizzu obteve a maioria dos votos no primeiro turno, com 46% dos votos, enquanto Solih ficou em segundo lugar, com uma diferença de 15.000 votos.
As Maldivas têm cerca de 282.000 votos registrados, de acordo com a Comissão Eleitoral, e os resultados da eleição devem ser anunciados no sábado à noite ou nas primeiras horas de domingo.
O arquipélago das Maldivas é estrategicamente localizado no Oceano Índico, em uma das rotas marítimas mais movimentadas do mundo. O partido político de Muizzu defende uma maior aproximação com a China e busca integrar o país no plano de infraestrutura conhecido como Nova Rota da Seda, uma iniciativa importante da política externa chinesa.
O ex-presidente Abdullah Yameen, que é mentor de Muizzu, solicitou grandes empréstimos à China durante seu governo, o que levantou preocupações sobre a crescente dependência das Maldivas em relação ao país asiático. Solih, por sua vez, foi eleito em 2018 com base no descontentamento com a política autoritária de Yameen e criticou a tentativa do ex-presidente de tornar as Maldivas dependentes da China como credora.
No entanto, a política de aproximação com a Índia também é controversa, com muitos habitantes das Maldivas questionando a influência política e econômica de Nova Délhi sobre o arquipélago.
Essas eleições presidenciais nas Maldivas são cruciais não apenas para o futuro político do país, mas também para determinar qual direção a nação insular vai tomar em termos de suas relações com a Índia e a China. O resultado da eleição terá um impacto significativo nas dinâmicas geopolíticas no Oceano Índico e na região em geral. Agora, resta esperar pelos resultados finais e ver como o novo presidente irá moldar as relações internacionais das Maldivas.