Atentado em Ancara deixa policiais feridos e presidente da Turquia afirma que terroristas não alcançarão seus objetivos

O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, reagiu ao atentado ocorrido perto do Parlamento em Ancara, afirmando que os terroristas “nunca alcançarão seus objetivos”. O ataque, que ocorreu poucas horas antes da abertura da nova sessão parlamentar que validaria a entrada da Suécia na Otan, deixou dois policiais feridos.

O Parlamento decidiu prosseguir com sua agenda sem alterações, informou o porta-voz do Legislativo. O Ministério do Interior relatou que dois policiais ficaram feridos no ataque, executado por “dois terroristas”. Um deles detonou a carga explosiva e o outro foi neutralizado. Felizmente, a vida dos agentes não corre perigo.

A área do ataque abriga vários ministérios e o Parlamento. O ministro do Interior, Ali Yerlikaya, informou que dois terroristas chegaram em um veículo e realizaram um atentado com bomba na porta de entrada da Direção Geral de Segurança do ministério do Interior. A explosão foi tão forte que pôde ser ouvida a vários quilômetros de distância e derrubou diversas árvores.

Imagens de câmeras de segurança revelam o momento em que um veículo cinza estaciona lentamente diante da sede da polícia. Um criminoso desce do carro com uma arma na mão e detona a carga explosiva presa ao corpo. O segundo criminoso sai do veículo, mas desaparece devido à fumaça e poeira levantadas pela explosão.

A polícia de Ancara, temendo novos atentados, realizou explosões controladas de pacotes suspeitos. A União Europeia condenou com veemência o ataque. Ancara já sofreu vários atentados nos últimos anos, muitos deles reivindicados pelo Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK) ou pelo Estado Islâmico (EI).

Além disso, Erdogan aproveitou o momento para fazer críticas à União Europeia, afirmando que a Turquia não espera mais nada dela e que o país cumpriu todas as promessas feitas à UE, mas a entidade não cumpriu quase nenhuma das suas. Ele alertou que não tolerará novas exigências ou condições ao processo de adesão da Turquia à UE.

A preocupação com a segurança na Turquia tem se intensificado nos últimos anos, com diversos atentados ocorrendo no país. A luta contra o PKK, considerado um grupo terrorista pela Turquia e seus aliados ocidentais, continua, assim como a batalha contra o Estado Islâmico.

No contexto internacional, a entrada da Suécia na Otan é um tema importante que tem sido discutido. Hungria e Turquia retiraram em julho os vetos à entrada da Suécia na organização, mas adiaram a votação para ratificar a adesão. Erdogan tem pressionado a Suécia a adotar medidas contra profanações do Alcorão, o que tem gerado tensão entre os dois países.

Em resumo, o atentado em Ancara demonstra a constante ameaça do terrorismo na Turquia. Erdogan enfatizou a determinação de seu país em enfrentar grupos terroristas e criticou a União Europeia por sua falta de comprometimento. A entrada da Suécia na Otan continua sendo uma questão relevante e polêmica. O futuro da segurança na Turquia e suas relações com outros países são desafios constantes para o governo.

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