Presidente Rodrigo Pacheco recebe proposta de regulação da contribuição assistencial em reunião com sindicatos.

O presidente Rodrigo Pacheco se reuniu nesta segunda-feira (2) com representantes de centrais sindicais para discutir a regulação da contribuição assistencial, uma modalidade de financiamento para os sindicatos. Essa reunião ocorreu um dia antes da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado discutir um projeto de lei que proíbe esse tipo de cobrança.

A contribuição assistencial é uma taxa que poderia ser cobrada dos trabalhadores caso o sindicato tivesse sucesso em negociações coletivas. Mesmo os trabalhadores não sindicalizados estariam sujeitos a essa cobrança. O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu em setembro que esse tipo de contribuição não viola a Constituição. No entanto, o trabalhador teria a opção de não contribuir, mas para isso teria que manifestar formalmente a sua recusa. Caso contrário, a contribuição seria automática, com desconto em folha.

Porém, o projeto de lei PL 2099/2023 impede os sindicatos de exigirem qualquer contribuição dos trabalhadores sem autorização prévia e expressa. Esse projeto já conta com um relatório favorável do senador Rogério Marinho (PL-RN) e está na pauta da reunião da CAE que acontecerá nesta terça-feira (3). Porém, ainda é necessário a aprovação da Comissão de Assuntos Sociais (CAS) para que a proposta seja efetivamente implantada.

Após a reunião com os sindicalistas, o presidente Pacheco afirmou que o Senado vai trabalhar para construir um consenso em relação à sustentabilidade dos sindicatos. Ele garantiu que não está sendo cogitada a retomada da antiga contribuição sindical obrigatória extinta com a reforma trabalhista de 2017 (Lei 13.467), mas explicou que a contribuição assistencial é uma modalidade diferente.

O presidente recebeu um termo de autorregulação da contribuição assistencial assinado pelos presidentes de seis centrais sindicais. O documento propõe mecanismos de esclarecimento sobre a contribuição e condições para que os trabalhadores possam manifestar sua vontade, incluindo a cobrança de valores não-abusivos. Além disso, os sindicatos propõem a punição de práticas que incentivem a recusa e a disseminação de informações falsas sobre a contribuição, além de solicitarem que a manifestação da recusa não seja feita diretamente junto ao empregador.

Em resumo, a reunião entre o presidente Rodrigo Pacheco e os representantes das centrais sindicais teve como objetivo discutir a regulação da contribuição assistencial. Enquanto o Supremo Tribunal Federal considera essa modalidade de contribuição constitucional, está em pauta um projeto de lei que proíbe a cobrança sem autorização prévia e expressa dos trabalhadores. O presidente garantiu que não será retomada a contribuição sindical obrigatória e recebeu um documento de autorregulação assinado pelos presidentes das centrais sindicais. Esse documento propõe mecanismos de esclarecimento, condições para a manifestação da vontade dos trabalhadores e punição às práticas que desestimulem a contribuição.

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