Tribunal de Justiça determina transferência de vítima de acidente no Mirabilandia para hospital particular em até 24 horas.

O Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) proferiu uma decisão nesta segunda-feira (2) determinando que o parque de diversões Mirabilandia realize a transferência da professora Dávine Muniz para um hospital particular em até 24 horas. A sentença é resultado de um pedido da família da vítima, que foi arremessada de um brinquedo do parque no dia 22 de setembro.

A determinação judicial estabelece que, caso o Mirabilandia não cumpra a ordem, o parque será multado em R$ 5 mil por dia, limitado a R$ 100 mil. Além disso, a decisão prevê que a professora de 34 anos seja transferida para o Hospital São Marcos.

O primo da vítima, Ricardo Lima, relatou que um oficial de justiça acompanhou-o na intimação do parque, que foi entregue a uma funcionária, já que nenhum dos proprietários ou advogados estava presente.

Após a intimação, a reportagem da Folha de Pernambuco procurou o assessor do parque, que confirmou o recebimento. O Mirabilandia emitiu uma nota afirmando que, considerando que a família judicializou o processo, tudo será tratado por via judicial.

A escolha do Hospital São Marcos foi fruto de negociações entre a família de Dávine e os representantes do parque. Segundo Ricardo, um dos proprietários do Mirabilandia afirmou que, assim que o quadro da vítima estivesse estável, ele autorizaria a transferência para o hospital em questão.

Entretanto, na última sexta-feira, a família foi surpreendida com a negativa do parque em realizar a transferência. Segundo Ricardo, o representante do Mirabilandia afirmou que não autorizaria a transferência, alegando que a vítima estava bem assistida no Hospital da Restauração.

Dávine foi internada em estado grave após ser arremessada de um brinquedo do Mirabilandia, que se rompeu durante seu funcionamento. Ela sofreu traumatismo cranioencefálico e fraturas nos membros superiores. Em 24 de setembro, a professora passou por uma cirurgia para drenagem de coágulos e descompressão do cérebro.

A decisão do Tribunal de Justiça de Pernambuco representa uma vitória para a família de Dávine, que agora terá a possibilidade de transferi-la para um hospital particular. Resta aguardar o cumprimento da determinação judicial e acompanhar o desenrolar do caso.

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