Funcionários terceirizados do Aeroporto de Guarulhos protestam contra proibição de uso de celulares em setores de carga e descarga.

Centenas de funcionários terceirizados do Aeroporto Internacional de Guarulhos protestaram nesta terça-feira (3) contra a proibição do uso de celulares nos setores de carga e descarga dos terminais. Os trabalhadores pediram a revisão da norma, alegando que ela afeta negativamente a comunicação e o trabalho realizado nas áreas restritas do aeroporto.

A restrição do uso de celulares nessas áreas foi implementada após um incidente em que duas brasileiras foram presas erroneamente na Alemanha. Investigações revelaram que as malas originais das passageiras foram trocadas por outras contendo drogas, enquanto embarcavam no Aeroporto de Guarulhos. Portanto, a medida foi adotada como uma tentativa de prevenir a ocorrência de casos semelhantes no futuro.

Em resposta ao protesto, a GRU Airport, concessionária responsável pela administração do aeroporto, emitiu uma nota informando que, devido à paralisação dos funcionários terceirizados e à greve no transporte público, eles foram forçados a acionar uma operação de contingência. A concessionária também solicitou aos passageiros que entrem em contato com as companhias aéreas para obter informações atualizadas sobre o status dos voos.

A Latam, uma das principais companhias aéreas do país, também emitiu uma nota avisando que os voos com origem ou destino em Guarulhos podem sofrer atrasos ou cancelamentos devido à manifestação dos funcionários terceirizados. A empresa orienta os passageiros a consultar o status do voo através do site oficial e oferece a possibilidade de remarcação da viagem sem custos adicionais ou reembolso integral para os passageiros afetados pela greve.

A companhia aérea Azul também informou que um voo programado para sair de Guarulhos com destino ao Recife foi atrasado devido à greve. A empresa se desculpou pelos transtornos causados aos passageiros e garantiu que está prestando toda a assistência necessária.

Procurada pela reportagem, a Gol ainda não se pronunciou sobre a situação.

Além disso, a Receita Federal confirmou que impôs a restrição ao uso de celulares e equipamentos com captação de imagens nas áreas restritas do aeroporto. De acordo com a Receita, a medida foi discutida e aprovada pela comunidade aeroportuária como uma forma de combater o crime organizado, que utiliza celulares para cometer crimes e registrar operações sensíveis em termos econômicos e de segurança.

Segundo a Receita, a proibição se aplica apenas às áreas mais sensíveis, como armazéns, pátios e pistas. Nestas áreas, é permitido o uso de celulares institucionais que não permitem a captura e divulgação de imagens, protegendo assim a privacidade dos envolvidos e a segurança de toda a comunidade. A comunicação entre funcionários e o público externo não está proibida e continua a ser realizada através de telefonia fixa.

Em resumo, o protesto dos funcionários terceirizados do Aeroporto Internacional de Guarulhos contra a proibição do uso de celulares nas áreas de carga e descarga causou atrasos e cancelamentos de voos. A GRU Airport e a Latam emitiram comunicados informando os passageiros sobre a situação e oferecendo soluções para minimizar o impacto causado pela greve. A Receita Federal justificou a medida como uma forma de combater o crime organizado e proteger a segurança do aeroporto. A Gol ainda não se pronunciou sobre o assunto.

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