Candidato de extrema direita na Argentina é denunciado por adversária conservadora por acusações de pertencer à guerrilha Montoneros.

O candidato de extrema direita à Presidência da Argentina, Javier Milei, está enfrentando uma denúncia na justiça criminal feita por sua adversária conservadora, Patricia Bullrich. Milei acusou Bullrich de colocar bombas em jardins de infância e de ter pertencido à guerrilha Montoneros nos anos 1970.

Bullrich não ficou calada diante das acusações e afirmou: “Você sabe o que mencionou. O denunciei para que a verdade seja conhecida. Não vale tudo por um voto na vida, sobretudo algo grave que afeta a mim, minha família e meus netos. Devemos concorrer sem mentir e dar o exemplo aos argentinos. Por isso, aqui se faz, aqui se paga.” Ela é candidata do Juntos pela Mudança, uma das principais coalizões políticas do país.

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Milei fez as acusações durante uma entrevista na televisão, afirmando que Bullrich “era uma montonera atiradora de bombas” e que ela participou de uma organização terrorista. No entanto, Bullrich negou ter feito parte da guerrilha Montoneros, apesar de ter sido militante da Juventude Peronista quando jovem.

As eleições presidenciais na Argentina estão marcadas para o dia 22 de outubro, e as pesquisas apontam Milei como favorito no primeiro turno, com seu partido, Liberdade Avança, sendo o mais votado nas primárias partidárias de 13 de agosto, com 29,8% dos votos. Em segundo lugar aparece o Juntos pela Mudança, de Bullrich, com 28%, seguido pela União pela Pátria, partido do atual ministro da Economia, Sergio Massa, com 27,2%.

A acusação contra Milei lança mais uma polêmica na já acirrada disputa eleitoral argentina. Os candidatos têm trocado acusações e tentado desconstruir a imagem um do outro. Agora, cabe à justiça analisar a denúncia e decidir sobre eventuais consequências para a candidatura de Milei.

Esse episódio mostra como as eleições podem trazer à tona debates acalorados e acusações graves entre os candidatos. A população argentina espera que a campanha eleitoral se mantenha dentro dos limites éticos e que os candidatos apresentem propostas e soluções para os problemas do país, em vez de se envolverem em disputas pessoais e trocas de acusações. A democracia argentina depende da responsabilidade e da ética dos políticos para se fortalecer e oferecer um futuro melhor para todos os cidadãos.

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