Ministro do STF concede prazo para PF investigar agressões a Alexandre de Moraes e mantém sigilo das imagens

O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu dar mais prazo para a Polícia Federal (PF) investigar as supostas ofensas e agressões sofridas pelo ministro Alexandre de Moraes e sua família no Aeroporto Internacional de Fiumicino, em Roma. Além disso, Toffoli determinou que o sigilo dos autos do processo fosse retirado, mas manteve o segredo de Justiça sobre as imagens das supostas agressões, enviadas pelas autoridades italianas.

Segundo Toffoli, a divulgação das imagens e dos dados das pessoas envolvidas só seria necessária quando o autor do delito ainda não tivesse sido identificado ou estivesse foragido. Como as potenciais vítimas e agressores já foram identificados, ele considerou que as imagens não precisam ser divulgadas, pois a preservação da intimidade, vida privada, honra e imagem das pessoas é um direito inviolável.

No último mês, o Ministério da Justiça e Segurança Pública informou que recebeu da Itália as mídias relevantes sobre o caso, que foram enviadas para auxiliar nas investigações. A pasta é responsável por viabilizar as cooperações internacionais em casos de investigação.

Alexandre de Moraes afirma ter sido hostilizado por brasileiros que o reconheceram no Aeroporto de Fiumicino, em Roma, quando ele estava retornando ao Brasil em junho. Segundo o ministro, o grupo o ofendeu verbalmente e seu filho foi agredido fisicamente, levando um tapa no rosto.

A polícia federal conseguiu identificar três pessoas envolvidas nesse incidente em apenas dois dias após o ocorrido. Em seguida, foram realizadas buscas e apreensões nas casas dos suspeitos, o casal Roberto Mantovani Filho e sua esposa, Andrea Mantovani, além do genro deles, Alex Zanatta.

As investigações continuarão em andamento, com o intuito de esclarecer todos os fatos e responsabilizar os culpados. O ministro Toffoli ressalta que as imagens, fotos e dados devem ser utilizados apenas no âmbito do processo penal, visando a segurança das vítimas e o andamento das investigações.

Esse caso demonstra a importância das cooperações internacionais e a atuação conjunta das autoridades brasileiras e italianas para a solução desse tipo de crime. Agora, cabe à Polícia Federal dar prosseguimento às investigações e garantir que os responsáveis sejam devidamente punidos de acordo com a lei.

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