O acidente aconteceu quando a aeronave modelo Beech Aircraft estava prestes a pousar em uma cachoeira localizada no distrito de Piedade de Caratinga, município de Caratinga, em Minas Gerais. Para chegar a essa conclusão, a Polícia Civil descartou outras possíveis causas, como problemas técnicos na aeronave, problemas de saúde dos pilotos ou até mesmo um atentado.
De acordo com o laudo emitido pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), não foram encontrados indícios de qualquer problema técnico que pudesse ter ocasionado a queda da aeronave. Além disso, o Instituto Médico Legal descartou quaisquer problemas de saúde nos pilotos que pudessem ter influenciado no acidente.
O ponto crucial da investigação foi a constatação de que a aeronave se chocou com uma torre de transmissão de energia que não possuía sinalização adequada. Segundo a Polícia Civil, a sinalização não era exigida devido à altura das torres e à distância em relação à zona de proteção do aeroporto.
O delegado de Caratinga, Ivan Lopes, destacou que os manuais da aeronave estabeleciam que os pilotos deveriam realizar uma análise prévia da proximidade de morros e antenas. Ele ressaltou ainda que existiam cartas aeronáuticas que permitiriam aos pilotos identificar as torres no local.
Em relação a essa conclusão, a Agência Brasil entrou em contato com o advogado dos pilotos, porém até o momento da publicação desta reportagem, não obteve resposta.
É lamentável que a morte de Marília Mendonça e das demais vítimas tenha sido resultante de negligência e imprudência. Esse trágico acidente serve como alerta não apenas para os pilotos, mas para todos os profissionais que atuam na aviação, sobre a importância de seguir os procedimentos adequados e estar atentos a todas as condições que possam comprometer a segurança dos voos.