STJ autoriza exumação do corpo de Arnon de Mello para realização de teste de DNA solicitado por suposto filho

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu, nesta terça-feira, manter a autorização para a exumação do corpo de Arnon de Mello, pai do ex-presidente Fernando Collor, com o objetivo de realizar um exame de DNA. A decisão foi tomada após um homem afirmar ser filho biológico de Arnon e pedir o teste de paternidade. A família Collor havia se recusado a fornecer material genético e não desejava permitir a exumação do cadáver.

No ano passado, a 3ª Turma do STJ já havia autorizado a medida, e Collor recorreu da decisão. No entanto, o recurso foi negado por unanimidade nesta terça-feira. A ministra Nancy Andrighi ressaltou que não há nenhum vício no acórdão que autorizou a exumação do corpo.

O relator do caso, ministro Paulo de Tarso Sanseverino, havia afirmado em seu voto no ano passado que é legítimo ao suposto filho perseguir a elucidação de sua parentalidade utilizando todos os meios legais e moralmente legítimos para provar a verdade dos fatos.

A decisão do STJ levanta questionamentos sobre os direitos do suposto filho e sobre a importância do exame de DNA como prova de paternidade. Por um lado, é compreensível que uma pessoa que se considere filha de alguém busque a confirmação legal e moral de sua origem. Por outro lado, é válido pensar também na privacidade da família Collor e na perturbação que a exumação de um corpo pode causar.

Esse caso também traz à tona questões históricas envolvendo a figura de Arnon de Mello e sua relação com a política brasileira. Como ex-senador e pai do ex-presidente Fernando Collor, Arnon teve um papel importante na construção da história do país. Portanto, a busca pela verdade sobre sua paternidade também tem relevância histórica.

A decisão do STJ provoca reflexões sobre os direitos individuais versus a busca pela verdade, assim como sobre o uso do exame de DNA como prova de paternidade. Certamente, esse caso continuará gerando debates e discussões no âmbito jurídico e na sociedade como um todo. Resta aguardar os desdobramentos dessa polêmica questão.

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