Ministério Público da Venezuela emite mandado de prisão e solicita alerta vermelho da Interpol contra Juan Guaidó, opositor do governo Maduro.

O Ministério Público da Venezuela anunciou nesta quinta-feira (5) a emissão de um mandado de prisão contra Juan Guaidó, opositor do governo de Nicolás Maduro. Além disso, foi solicitado um alerta vermelho da Interpol para que Guaidó seja detido.

De acordo com o procurador-geral Tarek William Saab, a ordem de prisão e o pedido de alerta vermelho estão baseados em investigações de um tribunal nos Estados Unidos. Segundo Saab, Guaidó deve responder por crimes como traição à pátria, usurpação de cargos, obtenção ou extração de dinheiro, valores ou bens públicos, lavagem de dinheiro e associação criminosa.

Essa nova investigação se junta a outras 27 que já pesavam sobre Guaidó, que liderou um governo interino simbólico apoiado pelos Estados Unidos e cerca de cinquenta governos ao redor do mundo que não reconheceram a reeleição de Maduro em 2018, considerando-a fraudulenta.

O procurador-geral afirmou que Guaidó teria utilizado recursos da PDVSA, a empresa petrolífera da Venezuela, para causar perdas próximas ou superiores a US$ 19 bilhões. Segundo Saab, tais informações foram reveladas por um tribunal federal nos Estados Unidos.

Desde 2019, foram emitidos 288 mandados de prisão relacionados às investigações envolvendo Guaidó. Segundo Saab, 129 colaboradores do opositor já foram presos e 63 cúmplices foram condenados.

Juan Guaidó, que fugiu para os Estados Unidos em abril do ano passado, continua a ser uma figura importante na oposição ao governo de Nicolás Maduro. No entanto, as acusações e os mandados de prisão lançados contra ele têm levantado debates sobre a legitimidade dessas ações por parte do governo venezuelano.

É importante ressaltar que todas as informações aqui apresentadas são baseadas em declarações do procurador-geral da Venezuela, Tarek William Saab. Não foram fornecidas fontes adicionais para checagem dos fatos.

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