A operação ocorreu em diferentes regiões do Peru e resultou no resgate de 80 mulheres que foram exploradas sexualmente em Lima pelo grupo, incluindo várias venezuelanas. O Ministério do Interior classificou essa ação como um golpe contundente no crime organizado. A polícia conseguiu desarticular uma facção do Trem de Aragua, conhecida como Dinastia Alayón.
Dentre os detidos está Yomar Delgado, conhecido como Nino, um venezuelano suspeito de liderar uma das facções da quadrilha. Ele foi capturado em Lima juntamente com sua companheira. Durante a apresentação dos detidos, alguns vestiam macacões vermelhos para indicar sua periculosidade.
Delgado tentou fugir se escondendo em uma casa vizinha ao local da operação e acabou ficando ferido, de acordo com informações da polícia. O promotor Jorge Chávez explicou durante uma coletiva de imprensa que o Trem de Aragua possui diferentes linhas ou dinastias, sendo a Alayón chefiada por Nino.
Essa organização criminosa foi formada em 2014 no estado de Aragua, na Venezuela, e se expandiu por oito países sul-americanos, incluindo Brasil, Colômbia, Peru e Chile, entre outros. Suas atividades incluem tráfico de pessoas, homicídios, sequestros, roubos, tráfico de drogas e extorsão.
Recentemente, o governo venezuelano afirmou que retomou o controle de um presídio que estava nas mãos do Trem de Aragua e que a organização estava envolvida em suas operações. O líder máximo da quadrilha, conhecido como ‘El Niño’ Guerrero, conseguiu escapar das autoridades.
Diante da possibilidade de fuga para o Peru, as autoridades intensificaram os controles migratórios e ofereceram uma recompensa de 132.000 dólares (R$ 682.000) por informações que levem à captura de Guerrero.
Essa operação representa um importante avanço no combate ao crime organizado na região e é resultado de um trabalho conjunto das autoridades peruanas. A captura desses membros do Trem de Aragua traz uma sensação de alívio e segurança para a população, que há muito tempo sofria com as ações violentas dessa quadrilha.
