Durante sua chegada à cúpula da Comunidade Política Europeia, Zelensky afirmou que o período eleitoral nos Estados Unidos vem sofrendo atritos e que algumas vozes são perigosas. Ele ressaltou a importância de trabalhar nessa questão e expressou confiança de que os Estados Unidos continuariam a apoiar os esforços da Ucrânia.
Essa preocupação manifestada pelo presidente ucraniano surge após o presidente dos EUA, Joe Biden, também demonstrar inquietação com a turbulência política no Congresso americano e o possível impacto disso na ajuda à Ucrânia. A luta pelo poder dentro do Partido Republicano deixou a Câmara sem liderança, suspendendo seus trabalhos legislativos.
Diante desse cenário, o chefe da diplomacia da União Europeia, Josep Borrell, afirmou que a Europa não tem capacidade para substituir o apoio dos EUA à Ucrânia. No entanto, a UE está estudando a criação de um fundo de 20 bilhões de euros ao longo de quatro anos para continuidade do apoio ao exército ucraniano.
É importante ressaltar que a Ucrânia confia no apoio dos Estados Unidos, com quem teve reuniões positivas recentemente. O objetivo da Ucrânia e dos líderes reunidos em Granada é garantir a segurança e a estabilidade do lar europeu comum. Além disso, a Ucrânia busca fortalecer sua defesa aérea, principalmente com a chegada do inverno.
A ajuda financeira de longo prazo para a Ucrânia será discutida pelos líderes da UE em uma cúpula planejada para o final deste mês em Bruxelas. No entanto, também é possível que esse assunto seja abordado durante a reunião em Granada.
Essa reunião pancontinental é a terceira da Comunidade Política Europeia, que foi criada após o início da invasão russa na Ucrânia em fevereiro de 2022. A Ucrânia busca se tornar membro da União Europeia e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), e a adesão é um processo que requer tempo e aprovação dos Estados-membros da UE.
Ao mesmo tempo, a União Europeia ressaltou a necessidade de previsibilidade e confiabilidade no apoio orçamentário direto à Ucrânia. A preocupação com as possíveis fraturas na frente unida da Europa também é uma questão relevante, uma vez que os governos avaliam os custos econômicos e políticos de fornecer apoio de longo prazo a Kiev.
