Secretário-executivo do Ministério da Justiça diz que médicos baleados na Barra da Tijuca não foram executados por engano.

O secretário-executivo do Ministério da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Cappelli, não confirmou a hipótese de que os médicos atacados a tiros em um quiosque da praia da Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, tenham sido executados por engano. Segundo ele, a Polícia Federal está colaborando com as investigações através do fornecimento de um banco de dados. No entanto, Cappelli ressaltou que ainda não é possível afirmar se as vítimas foram confundidas ou se o ataque foi direcionado especificamente a elas.

Nesta sexta-feira (5), o secretário-executivo se reunirá com o governador Cláudio Castro no Palácio Guanabara para uma avaliação das primeiras medidas tomadas pela Polícia Federal. Durante a reunião, será discutida a cooperação entre os órgãos de segurança para combater as organizações criminosas que atuam no estado do Rio de Janeiro.

A participação da Polícia Federal nas investigações foi uma orientação do ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, devido ao possível envolvimento de um dos mortos com os parlamentares Sâmia Bomfim e Glauber Braga. Diego Ralf Bomfim, irmão da deputada e cunhado de Glauber, não resistiu aos ferimentos e faleceu no hospital Lourenço Jorge.

No entanto, é importante ressaltar que a investigação ainda está em curso e não há conclusões definitivas sobre o motivo do ataque. A PF está colaborando com ações de inteligência e o caso será analisado juridicamente após as providências iniciais.

Além disso, vale mencionar que o ataque ocorreu um dia após o adiamento do envio da Força Nacional para o Rio de Janeiro. Essa decisão foi tomada após questionamentos do Ministério Público Federal sobre o cumprimento dos direitos humanos e das determinações da Corte Interamericana de Direitos Humanos.

O secretário-executivo destacou que a Força Nacional não será movida enquanto não houver um diálogo com o MPF para evitar qualquer questionamento. A reunião com o governador também será uma oportunidade para discutir as ações que envolvem o Complexo e outras comunidades.

Nesse contexto, quatro médicos foram alvos de uma tentativa de execução no quiosque da Naná 2, na Barra da Tijuca. Três deles foram mortos e um ficou ferido. Eles estavam no local quando criminosos armados saíram de um carro e efetuaram disparos contra o grupo.

A polícia ainda está investigando o caso para esclarecer as circunstâncias do ataque e identificar os responsáveis. Até o momento, não há informações conclusivas sobre o motivo do crime, se foi uma confusão ou se havia um alvo específico. As investigações continuam e espera-se que novas informações sejam divulgadas em breve.

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