A maior companhia aérea da América Latina, a Latam, foi uma das mais afetadas pela paralisação. A empresa reportou o cancelamento de 12 voos domésticos e diversos atrasos, totalizando 200 operações programadas para o dia. A Direção Geral de Aeronáutica Civil (DGAC) confirmou os números e afirmou que o protesto causou transtornos significativos para os passageiros.
O sindicato dos controladores de tráfego aéreo anunciou que fará uma paralisação nacional no próximo dia 27 se suas reivindicações não forem atendidas. Entre as exigências da categoria estão a solução de problemas técnicos em comunicações de navegação e vigilância, investimento em infraestrutura, equipamentos e tecnologia, e a contratação de novos funcionários.
Segundo o presidente do sindicato, Jorge Caro, os equipamentos utilizados pelos controladores apresentaram falhas em março devido à obsolescência. Caro ressaltou a importância de garantir a segurança das operações aéreas, afirmando que “as pessoas correm risco”.
No entanto, a DGAC desmentiu a versão apresentada pelos controladores, afirmando que seus padrões de segurança são muito altos e que não existem riscos para as operações. O secretário-geral do órgão, Juan Andrés Acuña, reforçou que a paralisação dos controladores prejudica diretamente os passageiros e que medidas serão tomadas para evitar novos transtornos.
É importante ressaltar que a paralisação dos controladores de tráfego aéreo é um reflexo das divergências e insatisfações da categoria em relação às condições de trabalho e à infraestrutura disponível nos aeroportos. A efetividade das ações do sindicato será determinante para a negociação e a obtenção de melhorias para os profissionais e para o sistema aéreo como um todo. Acompanharemos os próximos desdobramentos desse impasse.