As autoridades responsáveis pelas penitenciárias (Snai) divulgaram um comunicado informando que o incidente aconteceu no pavilhão de celas número 7 da prisão Guayas 1 e resultou em seis vítimas fatais. O Ministério Público destacou que seus agentes, incluindo policiais e militares, estão investigando as falhas nos protocolos de segurança da Penitenciária do Litoral de Guayaquil, devido aos tumultos que ocorreram na tarde de sexta-feira.
Com o intuito de retomar o controle da situação, o texto divulgado informa que equipes militares especializadas serão enviadas para realizar incursões e reconhecimentos no Pavilhão 7 onde os incidentes ocorreram. Vale ressaltar que a Guayas 1 faz parte de um complexo penitenciário em Guayaquil, que abriga cinco prisões e onde os detentos envolvidos com o tráfico de drogas estão constantemente disputando o poder.
O governo equatoriano argumenta que gangues ligadas ao narcotráfico estão travando uma guerra pelo domínio desse mercado, o que tem aumentado consideravelmente a violência nos presídios nos últimos anos. O resultado desse confronto sangrento, desde fevereiro de 2021, foram mais de 430 presos mortos, muitos deles encontrados desmembrados e carbonizados.
Essa escalada de violência também é refletida nas ruas do país. De acordo com dados mencionados no texto, o número de homicídios quadruplicou entre 2018 e 2022, alcançando um recorde de 26 assassinatos para cada 100.000 habitantes. Especialistas acreditam que essa taxa possa chegar a 40 ainda este ano, considerando a população equatoriana de 16,9 milhões de habitantes de acordo com o censo de 2022.
Essa realidade preocupante demonstra a urgência de medidas eficazes para combater o problema da violência no sistema prisional equatoriano. O governo precisa buscar soluções que garantam a integridade e a segurança dos detentos, bem como da população em geral, que tem sido afetada por essa onda de violência que assola o país.