Ataque surpresa do Hamas expõe falhas de segurança de Israel e deixa centenas de mortos e feridos.

Um ataque coordenado do grupo Hamas pegou Israel de surpresa no último sábado, deixando até o momento 432 mortos e centenas de feridos. Os serviços de Inteligência de Israel, considerados os mais numerosos e bem financiados do Oriente Médio, foram criticados por falhas de segurança que poderiam ter sido evitadas com esforços conjuntos da Shabak, agência de segurança de Israel, da Mossad, sua agência de espionagem, e das Forças de Defesa do país.

Segundo informações do porta-voz do Exército israelense, tenente-coronel Richard Hecht, o ataque foi realizado com a ajuda de parapentes. A preparação de Israel para esse tipo de situação é levada a sério, com a maioria dos cidadãos sob recrutamento obrigatório e testes regulares dos sistemas de resposta e retirada de civis. Além disso, foram instaladas milhares de câmeras, sensores de movimento terrestre e patrulhas regulares ao longo da fronteira entre Gaza e Israel.

No entanto, essas medidas de segurança não foram suficientes para evitar a infiltração do Hamas. Os militantes conseguiram abrir caminho por buracos na cerca de arame farpado ou chegaram a Israel pelo mar e por parapente. O sistema antimísseis de Israel, conhecido como Domo de Ferro, também não foi eficaz contra o lançamento coordenado de milhares de foguetes.

As autoridades israelenses confirmaram a entrada de um “número indeterminado de terroristas” vindos da Faixa de Gaza, mas negaram relatos de que um major-general tivesse sido sequestrado. O Hamas, por sua vez, afirmou ter feito 53 “prisioneiros de guerra”. Até o momento, não há informações sobre brasileiros atingidos pelos ataques em Israel, segundo o embaixador do Brasil.

Para realizar um ataque tão complexo e coordenado, envolvendo o armazenamento e o disparo de milhares de foguetes, o Hamas contou com altos níveis de segurança operacional e, provavelmente, com apoio do Irã. Segundo Kobi Michael, pesquisador sênior do Instituto para Estudos de Segurança Nacional, toda a operação estava bem preparada e planejada, revelando uma grande falha da Inteligência de Israel em relação às questões operacionais.

Esses ataques acontecem em um momento político conturbado em Israel, com o governo de Benjamin Netanyahu dependendo de uma coalizão formada pela extrema direita e por ultraortodoxos desde dezembro passado. Netanyahu afirmou que o país está em guerra contra o Hamas e anunciou uma ampla mobilização de reservistas. A situação se mostra cada vez mais tensa na região do Oriente Médio, com a invasão de 22 cidades de Israel pelos combatentes do Hamas e o anúncio do Hezbollah de que está em contato com o grupo e monitorando a situação.

É importante ressaltar que a fonte desta notícia não foi citada, portanto, a veracidade dos eventos mencionados não pode ser confirmada.

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