Segundo informações do porta-voz do Exército israelense, tenente-coronel Richard Hecht, o ataque foi realizado com a ajuda de parapentes. A preparação de Israel para esse tipo de situação é levada a sério, com a maioria dos cidadãos sob recrutamento obrigatório e testes regulares dos sistemas de resposta e retirada de civis. Além disso, foram instaladas milhares de câmeras, sensores de movimento terrestre e patrulhas regulares ao longo da fronteira entre Gaza e Israel.
No entanto, essas medidas de segurança não foram suficientes para evitar a infiltração do Hamas. Os militantes conseguiram abrir caminho por buracos na cerca de arame farpado ou chegaram a Israel pelo mar e por parapente. O sistema antimísseis de Israel, conhecido como Domo de Ferro, também não foi eficaz contra o lançamento coordenado de milhares de foguetes.
As autoridades israelenses confirmaram a entrada de um “número indeterminado de terroristas” vindos da Faixa de Gaza, mas negaram relatos de que um major-general tivesse sido sequestrado. O Hamas, por sua vez, afirmou ter feito 53 “prisioneiros de guerra”. Até o momento, não há informações sobre brasileiros atingidos pelos ataques em Israel, segundo o embaixador do Brasil.
Para realizar um ataque tão complexo e coordenado, envolvendo o armazenamento e o disparo de milhares de foguetes, o Hamas contou com altos níveis de segurança operacional e, provavelmente, com apoio do Irã. Segundo Kobi Michael, pesquisador sênior do Instituto para Estudos de Segurança Nacional, toda a operação estava bem preparada e planejada, revelando uma grande falha da Inteligência de Israel em relação às questões operacionais.
Esses ataques acontecem em um momento político conturbado em Israel, com o governo de Benjamin Netanyahu dependendo de uma coalizão formada pela extrema direita e por ultraortodoxos desde dezembro passado. Netanyahu afirmou que o país está em guerra contra o Hamas e anunciou uma ampla mobilização de reservistas. A situação se mostra cada vez mais tensa na região do Oriente Médio, com a invasão de 22 cidades de Israel pelos combatentes do Hamas e o anúncio do Hezbollah de que está em contato com o grupo e monitorando a situação.
É importante ressaltar que a fonte desta notícia não foi citada, portanto, a veracidade dos eventos mencionados não pode ser confirmada.