De acordo com o Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH), os civis foram mortos por disparos de artilharia e lançadores de foguetes disparados pelo exército do regime sírio. Os ataques ocorreram nas províncias de Idlib e Aleppo. Entre as vítimas, duas crianças foram mortas por tiros do regime em um mercado e em residências na cidade de Idlib, enquanto outras duas foram mortas na província de mesmo nome.
Em resposta ao ataque à academia militar, o exército sírio começou a bombardear o último reduto rebelde no noroeste do país na última quinta-feira, resultando na morte de pelo menos trinta civis e dois membros do grupo Hayat Tahrir al Sham (HTS, antigo braço local da Al-Qaeda). A responsabilidade pelo ataque à academia não foi reivindicada por nenhum grupo até o momento.
Homs, onde ocorreu o ataque à academia militar, é uma região controlada pelas forças sírias desde 2017, quando recuperaram o controle do antigo reduto rebelde. No entanto, o exército sírio prometeu responder com firmeza, o que resultou em mais ataques contra os rebeldes no noroeste do país.
A guerra na Síria começou em 2011, após uma repressão governamental a uma onda de protestos, e já causou quase meio milhão de mortes e deslocou milhões de pessoas. O país permanece fragmentado e os confrontos entre o regime sírio e os grupos rebeldes continuam. A situação humanitária na região é preocupante, com constantes ataques a áreas civis que resultam em vítimas inocentes, especialmente crianças.
É necessário um esforço internacional para buscar uma solução pacífica para a guerra na Síria e garantir a segurança da população civil. A comunidade internacional deve pressionar as partes envolvidas no conflito a respeitarem os direitos humanos e a cessarem imediatamente os ataques a áreas civis. Somente através de um diálogo político efetivo e de um comprometimento real com a paz será possível acabar com o derramamento de sangue na Síria.