Repórter Recife – PE – Brasil

Bombardeios no noroeste da Síria deixam sete civis, incluindo quatro crianças, mortos em retaliação a ataque de drones.

Pelo menos sete civis, incluindo quatro crianças, foram mortos no sábado (7) em bombardeios contra áreas rebeldes no noroeste da Síria, segundo informações de uma ONG. Esses ataques foram retaliações a um ataque de drones que ocorreu durante a semana e deixou mais de 100 mortos em uma academia militar.

De acordo com o Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH), os civis foram mortos por disparos de artilharia e lançadores de foguetes disparados pelo exército do regime sírio. Os ataques ocorreram nas províncias de Idlib e Aleppo. Entre as vítimas, duas crianças foram mortas por tiros do regime em um mercado e em residências na cidade de Idlib, enquanto outras duas foram mortas na província de mesmo nome.

Em resposta ao ataque à academia militar, o exército sírio começou a bombardear o último reduto rebelde no noroeste do país na última quinta-feira, resultando na morte de pelo menos trinta civis e dois membros do grupo Hayat Tahrir al Sham (HTS, antigo braço local da Al-Qaeda). A responsabilidade pelo ataque à academia não foi reivindicada por nenhum grupo até o momento.

Homs, onde ocorreu o ataque à academia militar, é uma região controlada pelas forças sírias desde 2017, quando recuperaram o controle do antigo reduto rebelde. No entanto, o exército sírio prometeu responder com firmeza, o que resultou em mais ataques contra os rebeldes no noroeste do país.

A guerra na Síria começou em 2011, após uma repressão governamental a uma onda de protestos, e já causou quase meio milhão de mortes e deslocou milhões de pessoas. O país permanece fragmentado e os confrontos entre o regime sírio e os grupos rebeldes continuam. A situação humanitária na região é preocupante, com constantes ataques a áreas civis que resultam em vítimas inocentes, especialmente crianças.

É necessário um esforço internacional para buscar uma solução pacífica para a guerra na Síria e garantir a segurança da população civil. A comunidade internacional deve pressionar as partes envolvidas no conflito a respeitarem os direitos humanos e a cessarem imediatamente os ataques a áreas civis. Somente através de um diálogo político efetivo e de um comprometimento real com a paz será possível acabar com o derramamento de sangue na Síria.

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