O governador Cláudio Castro classificou o episódio como uma “verdadeira máfia” e afirmou que o estado estava preparado para buscar os responsáveis pelos assassinatos quando foi surpreendido pela ação dos criminosos, que se anteciparam à polícia e condenaram seus aliados. Castro ressaltou que as investigações serão rigorosas para descobrir os autores dos assassinatos decorrentes do crime na Barra.
Uma das fragilidades expostas foi o fato de o carro utilizado pelos criminosos ser monitorado pela polícia, mas não ter sido rastreado. Os suspeitos conseguiram fugir por 36 quilômetros, passando por radares e câmeras, sem serem interceptados. Além disso, os criminosos eram foragidos da justiça há anos, com mandados de prisão em aberto.
A suspeita é que os chefes da facção tenham ordenado a morte dos criminosos após uma reunião por videoconferência no Complexo de Gericinó. A polícia já tinha conhecimento do paradeiro dos suspeitos e interceptou uma comunicação em que eles discutiam a localização de um miliciano, possivelmente confundido com um dos médicos devido a semelhanças físicas.
Essa crise evidencia a guerra travada entre traficantes e milicianos pelo domínio de comunidades na Zona Oeste da cidade. Essa disputa tem feito vítimas e espalhado o terror, mas até o momento a polícia não tem conseguido controlar a situação. A situação se agravou com as imagens de um centro de treinamento do tráfico no Complexo da Maré, o que levou o governo federal a prometer uma ampliação das ações de inteligência no Rio.
No entanto, é importante ressaltar que o Brasil é um estado de direito e as organizações criminosas não devem fazer justiça por conta própria. É preciso garantir que os responsáveis pelos crimes sejam punidos de acordo com a lei.
A violenta execução dos suspeitos coloca em evidência a falta de controle sobre a entrada de celulares nos presídios. Recentemente, uma operação na penitenciária de Bangu 3 resultou na apreensão de 22 celulares, o que mostra a necessidade de reforçar a segurança nas unidades prisionais.
Fica claro, portanto, que a situação da segurança pública no Rio de Janeiro apresenta graves falhas que precisam ser corrigidas. É fundamental que o governo e as autoridades competentes intensifiquem os esforços para combater o crime organizado e garantir a tranquilidade da população.