De acordo com informações divulgadas pela agência de notícias Reuters, o Ministério das Relações Exteriores (MRE) está monitorando a situação das comunidades brasileiras na região. Estima-se que 14 mil brasileiros residam em Israel e 6 mil na Palestina, sendo a grande maioria fora da área afetada pelos ataques.
O MRE informou que um brasileiro foi ferido e encontra-se hospitalizado, recebendo assistência da Embaixada do Brasil em Tel Aviv. Além disso, a embaixada está em busca de contato com outros dois brasileiros que estavam presentes em um dos locais atacados.
Em entrevista à TV Brasil, o técnico de ginástica artística Felipe Bichof, residente em Tel Aviv, relatou o clima de apreensão na cidade. Segundo ele, as ruas estão desertas, com poucos carros passando, e as pessoas estão confinadas em suas casas, aguardando a situação se desenrolar. Bichof ressaltou que o poder militar israelense geralmente consegue frustrar a maioria das infiltrações do Hamas, mas desta vez o grupo conseguiu tomar assentamentos próximos à Faixa de Gaza e fazer reféns.
A jornalista Carolina Rizzo, também moradora de Tel Aviv, afirmou que está trancafiada em casa, acompanhando as notícias o dia inteiro. Ela descreveu um clima angustiante na cidade, com poucas pessoas circulando pelas ruas e episódios de sirenes de alerta de míssil.
No contexto deste conflito, o Brasil convocou uma reunião extraordinária do Conselho de Segurança da ONU, que ocorrerá neste domingo, às 16h, horário de Brasília. Durante a reunião, serão tomadas decisões sobre os ataques e a escalada da violência.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se pronunciou nas redes sociais, afirmando que ficou chocado com o ataque do Hamas contra Israel e que o Brasil não poupará esforços para evitar a escalada do conflito. Lula também clamou pela retomada das negociações para a solução do conflito e a criação de um Estado Palestino.
Neste momento, o maior temor é que haja uma escalada na violência com a entrada de outros países no conflito. O governo de Israel já convocou mais de 100 mil reservistas para atuar na proteção do território, e a tensão na região continua crescendo. Resta esperar por uma solução pacífica e pelo fim do derramamento de sangue.
