Hezbollah em contato com Hamas, mas sem promessa de juntar-se ao ataque em Gaza, afirma organização militante xiita

No último sábado, o grupo militante xiita libanês Hezbollah afirmou estar em contato com o Hamas, mas não se comprometeu a participar do ataque do grupo de Gaza contra Israel. Em resposta ao apelo feito pelo Hamas para que grupos armados no Líbano se unissem aos seus ataques, o Hezbollah afirmou estar acompanhando de perto os desenvolvimentos na situação palestiniana.

De acordo com o comunicado divulgado pelo Hezbollah, o grupo está em contato direto com a liderança da resistência palestiniana, tanto no país como no exterior, e está avaliando continuamente os acontecimentos e as operações em curso. Essa declaração aumenta a preocupação com a escalada da violência na região, uma vez que tanto Israel como o Hezbollah têm evitado confrontos diretos desde a guerra de 2006.

O líder da ala militar do Hamas, Muhammad Deif, divulgou uma mensagem gravada afirmando que o grupo decidiu lançar uma “operação” contra Israel para que o inimigo compreenda que o tempo de sua violência sem responsabilização chegou ao fim. Essa declaração fortalece a ideia de que o Hamas está buscando apoio e solidariedade de outros grupos militantes, como o Hezbollah, para intensificar seus ataques contra Israel.

Os ataques a Israel foram celebrados em algumas áreas da capital libanesa, Beirute, com crianças distribuindo doces aos motoristas e fogos de artifício sendo disparados por residentes que agitavam bandeiras palestinianas. Essas celebrações refletem a tensão crescente na região e a polarização entre os diferentes grupos envolvidos no conflito.

Diante desse cenário, especialistas temem que a situação possa se agravar ainda mais, e há preocupações de uma possível escalada do conflito entre Israel e o Hamas. Apesar de o Hezbollah não ter confirmado sua participação nos ataques contra Israel, seu contato com o Hamas demonstra a disposição de grupos militantes em se unir para confrontar o inimigo comum.

É importante destacar que a situação na região do Oriente Médio é extremamente complexa e delicada, com décadas de conflitos e disputas territoriais. A busca por soluções diplomáticas e o diálogo entre as partes envolvidas tornam-se cada vez mais urgentes para evitar um maior derramamento de sangue e a intensificação do sofrimento da população civil.

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