Ampla ofensiva do Hamas contra Israel gera mais de 700 vítimas fatais e 4 mil feridos em apenas um dia.

No domingo, o Ministério da Saúde palestino em Gaza informou que mais de 300 pessoas morreram e cerca de 2.000 ficaram feridas devido aos ataques das forças israelenses. Do outro lado, o levantamento mais recente aponta que há mais de 350 israelenses mortos e 1.800 feridos, totalizando quase 700 vítimas fatais e 4.000 feridos desde o início da ofensiva do Hamas contra Israel.

Essa parece ser apenas o começo de um conflito sangrento, já que o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, prometeu um ataque “com todas as forças” contra Gaza, deixando a cidade “em ruínas”. Em resposta, o governo israelense instou a população palestina a deixar suas casas e começou a operação para evacuar os judeus que vivem nos arredores da região.

A situação em Gaza se tornou ainda mais alarmante devido à interrupção do fornecimento de energia elétrica por parte de Israel. Segundo o diretor do hospital al-Shifa, o maior de Gaza, Mohamed Abu Silmiya, o corte de energia prejudicou o tratamento dos feridos, já que o hospital está operando apenas com geradores extras. Abu Silmiya afirmou que a situação é preocupante, pois o hospital consome 48.000 litros de combustível por dia e não pode continuar operando dessa forma.

Enquanto isso, a população palestina se vê encurralada e sem opções seguras para buscar abrigo. Apesar dos alertas das forças israelenses para buscarem abrigo, os moradores relatam que não têm para onde ir e que a situação é extremamente perigosa. Um pai de quatro filhos, Zaki Anwar, denunciou que o Exército israelense bombardeou uma casa residencial, matando 18 pessoas de uma única família.

Na Cisjordânia ocupada, os moradores organizam funerais para velar os palestinos que morreram nas últimas 24 horas. Uma correspondente da al-Jazeera relatou estar presente em um dos funerais, onde um jovem de 18 anos e outros quatro palestinos mortos no confronto serão enterrados.

O conflito teve início no sábado, quando o Hamas lançou foguetes contra Israel e combatentes palestinos infiltraram o território através de picapes, botes de borracha e até parapentes. O Exército de Israel confirmou que vários civis e soldados foram mantidos reféns ou levados para o território palestino. O Hamas divulgou um comunicado anunciando o fim dos crimes da ocupação israelense e declarando a Operação Dilúvio de al-Aqsa, em referência à disputa em torno da mesquita de al-Aqsa em Jerusalém.

Enquanto os confrontos continuam, a população vive em condições precárias e enfrenta a ameaça constante da violência. A comunidade internacional acompanha com preocupação a escalada do conflito e teme por um aumento ainda maior do número de vítimas.

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