Brasileiro escapa de ataque do Hamas durante festival de música eletrônica em Israel

O carioca Nathan Obadia, de 30 anos, foi um dos brasileiros presentes na edição israelense da rave Universo Paralello, evento organizado pelo pai do DJ Alok. No sábado, durante o ataque armado do grupo extremista Hamas, Nathan e um grupo de amigos se depararam com combatentes palestinos enquanto tentavam fugir do evento.

Em publicações em sua conta no Instagram, Nathan relatou que ele e os amigos foram alvo de uma “rajada de tiros” por cerca de 15 a 20 minutos. Eles tentaram fugir para Tel Aviv, mas ao descobrirem que havia combatentes do Hamas na cidade, decidiram retornar ao festival.

Enquanto tentavam escapar, os amigos aceleraram o carro e foram atingidos por um tiro, fazendo com que Nathan sentisse estilhaços em suas costas. Eles pararam o carro e pularam para fora, utilizando-o como escudo. Os disparos continuaram por cerca de 15 a 20 minutos, com os combatentes palestinos até usando tiros de bazuca.

Felizmente, nenhum dos tiros atingiu o grupo, mas eles só conseguiram escapar quando três soldados do exército israelense apareceram e começaram a trocar tiros com os combatentes do Hamas. Os soldados alertaram o grupo para correr em direção a um bunker onde estariam protegidos.

A rave em que o grupo de amigos participava ocorreu no Sul de Israel, próximo à fronteira com Gaza. Nathan explicou que o local exato da festa só foi divulgado no dia, mas que outras festas semelhantes já haviam sido realizadas na região anteriormente sem incidentes.

O evento, chamado Supernova Sukkot, faz parte da turnê mundial do Universo Paralello, uma marca de festas eletrônicas criada pelo pai de Alok, Juarez Petrillo, conhecido como DJ Swarup. Alok afirmou que seu pai ainda está em Israel, se abrigando em um bunker.

O ataque do Hamas contra Israel resultou em um estado de guerra declarado pelo país e uma ofensiva contra o território palestino. Até o momento, mais de mil pessoas foram mortas, sendo cerca de 700 em Israel, 370 na Faixa de Gaza e 7 na Cisjordânia. Além disso, o governo israelense alega que mais de 100 reféns estão nas mãos do Hamas.

A organização do Universo Paralello expressou choque com os acontecimentos em Israel e explicou que o local do evento, conhecido por sediar grandes eventos de música eletrônica, recebeu festivais semelhantes anteriormente sem problemas.

O relato de Nathan Obadia mostra mais um exemplo da tensão vivida na região e os riscos enfrentados por pessoas inocentes durante esse conflito armado. As festas de música eletrônica, que normalmente são momentos de diversão e liberdade, se tornaram cenário de medo e violência. É mais um triste reflexo da realidade atual em Israel e Palestina.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo