Conselho de Segurança da ONU denuncia ataque do Hamas a Israel e Estados Unidos lamentam falta de unanimidade

Neste domingo (8), vários membros do Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU), atualmente presidido pelo Brasil, denunciaram o Hamas por seu ataque em larga escala contra Israel. No entanto, os Estados Unidos lamentaram a falta de unanimidade por parte do Conselho.

Durante uma sessão de emergência, os Estados Unidos e Israel instaram o Conselho a condenar veementemente os islâmicos palestinos que governam a Faixa de Gaza. Segundo relatos de diplomatas, o Conselho de Segurança não considerou fazer uma declaração conjunta ou uma resolução vinculativa, enquanto membros liderados pela Rússia esperavam por uma abordagem mais ampla que condenasse o Hamas.

O embaixador russo na ONU no Conselho, Vassily Nebenzia, afirmou: “Meu apelo foi para interromper imediatamente as hostilidades e alcançar um cessar-fogo e negociações significativas, como tem sido dito ao longo das décadas”. A China, aliada habitual da Rússia, manifestou apoio à declaração conjunta, afirmando que não é normal o Conselho de Segurança ficar em silêncio diante da situação. O embaixador chinês, Zhang Jun, havia prometido previamente o apoio chinês à condenação de todos os ataques contra civis.

Na sessão, o embaixador de Israel, Gilad Erdan, exibiu fotografias gráficas de civis israelenses feitos reféns pelo Hamas, afirmando que esses são crimes de guerra flagrantes e documentados. Por sua vez, o embaixador palestino, representante da Autoridade Palestina com sede na Cisjordânia, pediu ao Conselho que se concentrasse em pôr fim à ocupação israelense, ressaltando a importância de não permitir que Israel tome decisões terríveis e instando a mudança de rumo para alcançar a paz.

No entanto, a falta de consenso no Conselho de Segurança em relação à condenação direta do Hamas e à pressão sobre o governo israelense gera preocupações e indica a complexidade da situação. O Brasil, como presidente do Conselho de Segurança da ONU, tem um papel importante na condução das discussões e na busca por soluções para o conflito entre Israel e Gaza. A expectativa é de que o diálogo continue acontecendo e que medidas sejam tomadas para promover a paz e o fim do sofrimento das populações envolvidas.

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