Presidente da Colômbia cita Holocausto judeu ao comentar cerco total na Faixa de Gaza por Israel

O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, comparou o cerco total na Faixa de Gaza, anunciado pelo ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, ao Holocausto judeu realizado pela Alemanha nazista. Segundo Petro, os nazistas diziam aos judeus que não teriam água, comida, eletricidade e gás, fazendo alusão às declarações de Gallant sobre o bloqueio total em Gaza. O presidente colombiano afirmou que os povos democráticos não podem permitir o restabelecimento do nazismo na política internacional e alertou que o discurso de ódio apenas levará a outro holocausto.

Estas declarações de Petro surgem em meio aos conflitos entre Israel e Palestina, que resultaram na morte de centenas de pessoas de ambos os lados. No entanto, o presidente colombiano também compartilhou reflexões em resposta às denúncias feitas pelo embaixador de Israel na Colômbia, Gali Dagan. Dagan denunciou a presença de suásticas em grafites na embaixada israelense em Bogotá e afirmou que é terrível e deve ser condenado.

Além disso, o embaixador também relatou que milicianos do Hamas mataram 250 pessoas em um festival de música eletrônica próximo à Faixa de Gaza, e dois colombianos que estavam no evento foram sequestrados e estão desaparecidos. A embaixada colombiana recebeu solicitações de assistência para localizar os desaparecidos.

Em meio a essa tensão, Petro solicitou a Israel e Palestina que se sentem à mesa para negociar a paz, afirmando que o terrorismo é matar crianças inocentes, independente do país onde isso ocorra.

No sábado, o Ministério das Relações Exteriores da Colômbia emitiu um comunicado condenando os ataques contra civis em Israel e expressando solidariedade às vítimas e seus familiares. Posteriormente, uma nova declaração foi publicada pelo ministério, onde não foi mencionada a palavra “terrorismo”, mas reforçou a condenação dos efeitos dos conflitos sobre os civis.

Nesta segunda-feira, Dagan convidou o presidente Petro a visitar museus que retratam o Holocausto e o campo de concentração de Auschwitz, como resposta às declarações do líder colombiano sobre o local histórico ser copiado em Gaza.

Os confrontos entre Israel e Hamas têm gerado preocupação internacional e a busca por soluções pacíficas é essencial para evitar mais vítimas e a escalada do conflito. O pedido de Petro para que as partes sentem-se à mesa de negociações pode ser um passo importante rumo à resolução pacífica dessa crise.

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