Presos tomam a maior prisão do Paraguai em Assunção, exigindo renúncia do ministro da Justiça.

Na tarde de hoje, centenas de presos protagonizaram um motim na prisão de Tacumbú, localizada em Assunção, capital do Paraguai. Essa é a maior penitenciária do país e abriga aproximadamente 3.000 detentos. Desde então, os amotinados tomaram controle do local, causando caos e destruição.

Os presidiários foram vistos no telhado do prédio principal da prisão, atirando escombros contra a tropa de choque que tentava conter a rebelião. Além disso, imagens da TV mostraram chamas se alastrando pelo interior do estabelecimento, alimentadas por colchões em chamas.

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De acordo com informações da polícia local, os amotinados fizeram reféns 10 carcereiros e cerca de 30 mulheres que estavam no local no momento do incidente, possivelmente capturadas no fim do horário de visita. Essas ações revelam a gravidade da situação e a necessidade urgente de intervenção das autoridades competentes.

Segundo o criminalista Juan Martens, a prisão de Tacumbú é controlada por membros da Clã Rotela, uma organização criminosa que administra o tráfico de drogas em Assunção e região metropolitana. Esse domínio da criminalidade dentro das penitenciárias é um problema recorrente no país e tem levado a diversos episódios de violência.

Os incidentes de hoje ocorrem após as advertências feitas na semana passada pelo ministro da Justiça, Angel Barchini. Ele anunciou um plano para retomar o poder nas penitenciárias, que estão dominadas por facções como a Clã Rotela e reclusos alinhados aos grupos criminosos brasileiros PCC e Comando Vermelho.

O Paraguai enfrenta um problema grave de superlotação nas suas penitenciárias, com aproximadamente 16 mil presos distribuídos em 18 estabelecimentos. A prisão de Tacumbú, por exemplo, registra uma superlotação de 607%, de acordo com o criminalista Juan Martens.

É importante ressaltar que a situação exige uma ação rápida e efetiva das autoridades para garantir a segurança dos reféns, dos presos e dos próprios agentes penitenciários. Esse é um desafio que requer não só a presença da polícia, mas também uma solução por parte do judiciário, buscando uma resolução justa e eficiente para o conflito.

Agiremos de acordo com os desdobramentos do caso e daremos continuidade aos nossos esforços de informação para manter nosso público atualizado.

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