Para calcular o valor da indenização, será realizada uma perícia, que ficará a cargo da Braskem. A empresa será responsável por arcar com os custos dessa perícia. As estimativas iniciais indicam que a indenização pode ultrapassar a marca de R$ 35 bilhões, considerando os prejuízos causados pelo incidente.
Em 2018, devido à exploração mineral subterrânea realizada pela Braskem na região, os bairros de Pinheiro, Mutange, Bebedouro, Bom Parto e Farol precisaram ser evacuados emergencialmente. Rachaduras surgiram nos imóveis, seguidas por um tremor de terra, aumentando o risco de afundamento. Mais de 55 mil pessoas foram forçadas a deixar suas casas, e atualmente a região está totalmente desocupada.
O governo do estado justifica que sofreu prejuízos com a perda de arrecadação de impostos devido ao fechamento do comércio na área afetada, além das despesas com obras e equipamentos públicos necessários após o incidente. O governador de Alagoas, Paulo Dantas, ressaltou que essa decisão fortalece a luta pela reparação dos danos causados ao Estado, aos municípios e às vítimas.
Procurada pela imprensa, a Braskem informou que tomou conhecimento da decisão por meio da mídia e ainda não foi intimada oficialmente. A empresa afirmou que avaliará a decisão e tomará as medidas adequadas dentro dos prazos legais estabelecidos, sem fornecer mais detalhes sobre quais medidas seriam essas.
Essa condenação da Braskem é mais um capítulo na jornada de reparação dos danos causados pela exploração de sal-gema em Alagoas. O caso vem sendo acompanhado de perto pela população e autoridades locais, que buscam garantir que a empresa assuma a responsabilidade pelos danos causados. Resta agora aguardar a realização da perícia e o cálculo da indenização para que o estado de Alagoas possa ser devidamente ressarcido pelos prejuízos sofridos.