Grupo de detentos libera guardas em acordo para retomar normalidade na maior prisão do Paraguai.

Um grupo de detentos tomou o controle da prisão de Tacambú, a maior do Paraguai, e manteve os guardas reféns por cerca de 15 horas. No entanto, de acordo com informações da polícia, os presos concordaram em libertar os guardas após um acordo com as autoridades para restaurar a normalidade no presídio. O comissário Ever Paris, diretor-geral de Inteligência e porta-voz da polícia, afirmou que “tudo foi restaurado” e que não houve feridos durante o motim.

Liderados por Javier Rotela, chefe do Clã Rotela e conhecido como o “rei do microtráfico” na região metropolitana de Assunção, os presos fizeram algumas exigências às autoridades em troca da soltura dos guardas. No entanto, os detalhes dessas exigências não foram divulgados. Durante o levante, os detentos chegaram a queimar colchões, o que levantou preocupações quanto a um possível incêndio no prédio principal. No entanto, os bombeiros conseguiram controlar o fogo.

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Tacambú é o presídio mais antigo do Paraguai e abriga cerca de 3.000 presos. Localizado em uma propriedade de 10 hectares, a aproximadamente quinze quarteirões do centro de Assunção, o presídio tem enfrentado problemas de superlotação. Segundo o criminologista e professor Juan Martens, a taxa de ocupação em Tacambú chega a 607%.

Essa não é a primeira vez que o sistema carcerário do Paraguai enfrenta problemas. Com uma população carcerária de aproximadamente 16 mil pessoas distribuídas em 18 penitenciárias, o país tem enfrentado dificuldades em lidar com a superlotação e a violência dentro das prisões. Recentemente, uma série de fugas em massa ocorreu no Paraguai, colocando em evidência as falhas do sistema carcerário e as condições precárias em que os detentos vivem.

As autoridades ainda não divulgaram mais informações sobre o acordo feito com os detentos de Tacambú e como será a retomada da normalidade no presídio. No entanto, espera-se que medidas sejam tomadas para garantir a segurança tanto dos presos quanto dos funcionários. A situação do sistema carcerário paraguaio é um desafio que requer uma abordagem abrangente, envolvendo não apenas as autoridades de segurança, mas também iniciativas de ressocialização e investimentos em infraestrutura.

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