Essa será a segunda reunião do Conselho de Segurança da ONU para discutir o atual conflito no Oriente Médio. A primeira aconteceu no último fim de semana, a portas fechadas, e não foi emitida nenhuma declaração. O embaixador brasileiro na ONU, Sergio Danese, representou o Brasil na ocasião.
No fim de semana, o Palácio do Itamaraty divulgou uma nota reafirmando o compromisso do governo brasileiro com a solução de dois Estados, onde a Palestina e Israel possam conviver em paz e segurança, dentro de fronteiras mutuamente acordadas e internacionalmente reconhecidas.
Antes da reunião do Conselho de Segurança da ONU, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez um apelo ao secretário-geral da organização, António Guterres, e à comunidade internacional, pedindo pelos direitos e proteção das crianças palestinas e israelenses.
Nos últimos dias, Israel intensificou seus bombardeios na Faixa de Gaza e agora tem a intenção de ocupar o território por terra, o que pode aumentar o número de vítimas civis.
De acordo com a Embaixada de Israel em Washington, mais de mil pessoas foram mortas pelos ataques do Hamas no fim de semana. A maioria das vítimas são civis, baleados em suas casas, nas ruas e até mesmo em uma festa ao ar livre, que estava ocorrendo apenas alguns quilômetros da fronteira com a Faixa de Gaza.
Por outro lado, o Ministério da Saúde em Gaza relatou que os ataques aéreos de retaliação por parte de Israel já mataram pelo menos 830 pessoas e feriram mais de 4,3 mil até terça-feira. Segundo a ONU, mais de 180 mil habitantes de Gaza ficaram desabrigados, muitos deles se acumulando nas ruas ou em escolas. Além disso, pelo menos 11 funcionários da organização perderam a vida em Gaza nos últimos dias, devido aos ataques israelenses.