Projeto do Plano Plurianual 2024-2027 prevê aumento exorbitante de gastos públicos em Pernambuco, comprometendo as finanças do Estado

O projeto de Plano Plurianual 2024-2027, enviado pelo Governo do Estado de Pernambuco à Assembleia Legislativa, mostra a intenção de gastar uma quantia exorbitante de dinheiro nos próximos quatro anos. O valor previsto é de R$ 24,7 bilhões, o triplo dos investimentos realizados pelo Estado anteriormente. Essa mudança radical chama a atenção, não só pelo valor astronômico, mas também pelo desperdício que isso pode representar para a população pernambucana.

Segundo a governadora Raquel Lyra, o PPA foi elaborado levando em consideração as demandas da população, através do programa Ouvir para Mudar. Mas será que essas demandas realmente refletem as necessidades reais dos pernambucanos? O governo alega que as prioridades incluem o combate à fome, acesso à água e à moradia, investimentos em segurança e educação. No entanto, é questionável se as ações propostas serão efetivas e se o montante investido será bem empregado.

Destaque para o programa Pernambuco Sem Fome, que receberá um aporte de R$ 1,93 bilhão, sendo R$ 469,5 milhões somente no ano de 2024. Essa quantia recorde levanta suspeitas sobre a eficácia do programa e se realmente será capaz de solucionar um dos problemas sociais mais graves do Estado. O mesmo ocorre com o programa Juntos Pela Educação, que receberá investimentos de R$ 3,6 bilhões, e o Juntos Pela Segurança, que terá R$ 962,6 milhões. É difícil acreditar que tais investimentos serão suficientes para melhorar a qualidade da educação e garantir a segurança da população.

Além disso, é importante ressaltar que o projeto de PPA também traz uma visão de futuro para o Estado, que inclui o desenvolvimento sustentável, a segurança e a cidadania. No entanto, não fica claro como essas diretrizes serão implementadas e se realmente trarão benefícios para a sociedade.

Por fim, é válido mencionar que o PPA foi elaborado com base em outros instrumentos relevantes, como o Pernambuco 2035 e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU. No entanto, é preciso questionar se essas referências internacionais realmente representam as necessidades locais e se são aplicáveis ao contexto pernambucano.

O envio do projeto de Plano Plurianual pode até ser considerado um marco para a atual gestão do governo de Pernambuco, mas é fundamental que a sociedade acompanhe de perto a implementação dessas ações e cobre transparência e eficácia no uso dos recursos públicos. Afinal, são os pernambucanos que carregarão o peso dessa dívida e é necessário garantir que o investimento seja realmente voltado para o bem-estar da população.

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