No entanto, nesta visita ao Quirguistão, ele não corre riscos, pois o país da Ásia Central nunca ratificou o Estatuto de Roma, que dá jurisdição à Corte de Haia. O presidente russo chegou ao Quirguistão de madrugada para participar da cúpula da Comunidade de Estados Independentes (CEI), composta por várias ex-repúblicas soviéticas.
A capital quirguiz, Bishkek, amanheceu isolada por um enorme destacamento de segurança para receber Putin, que também comemora o 20º aniversário da abertura de uma base militar russa no país. Durante sua visita, Putin se reuniu com o presidente quirguiz, Sadyr Japarov, e destacou os laços bilaterais entre os dois países.
Ele enfatizou o sucesso no desenvolvimento das relações entre Rússia e Quirguistão, citando o aumento das trocas comerciais. Porém, o Quirguistão é acusado de ajudar a Rússia a contornar as sanções das potências ocidentais, acusação negada pelo país.
Além disso, Putin também terá uma reunião com seu homólogo do Azerbaijão, Ilham Aliyev. Será o primeiro encontro desde a vitória relâmpago de Baku em Nagorno-Karabakh, que resultou na capitulação dos separatistas armênios na região do Cáucaso.
No entanto, a cúpula contará com uma ausência significativa. O primeiro-ministro armênio, Nikol Pashinyan, não participará do evento. As relações entre Rússia e Armênia têm estado tensas desde a vitória militar do Azerbaijão sobre a Armênia em setembro deste ano.
Vale ressaltar que Putin tem evitado participar de cúpulas internacionais para não “causar problemas” aos organizadores. Suas ausências mais notáveis foram na cúpula do grupo Brics, na África do Sul, em agosto, e na reunião dos líderes do G20, na Índia, em setembro.
Após sua visita ao Quirguistão, Putin planeja viajar para a China em outubro, a convite do presidente Xi Jinping, para participar de um fórum econômico internacional.
