Rafael havia ido para Israel há três meses, com o objetivo de estudar e trabalhar em um hotel na cidade de Ra’anana. No entanto, sua estadia coincidiu com a intensificação do conflito entre Israel e o grupo político e militar Hamas, que já resultou em mais de três mil mortes.
A preocupação da mãe de Rafael era tanta que ela convenceu o filho a voltar ao Brasil, mesmo contra a vontade dele. Segundo Luciano Graicer, foi difícil convencê-lo a retornar, mas a mãe estava tão desesperada que ele acabou cedendo.
O conflito entre Israel e o Hamas teve um grande impacto na vida de Rafael. Ele planejava comparecer a uma festa rave, chamada Universo Paralello, que aconteceria perto da Faixa de Gaza. No entanto, seu trabalho no hotel o impediu de ir. Mais tarde, Rafael descobriu que militantes do Hamas entraram em território israelense e atacaram a festa, resultando em várias mortes e ferimentos, incluindo um amigo dele.
A chegada de Rafael ao Brasil foi marcada por emoção. Separados por uma grade, a família de Rafael pôde finalmente vê-lo depois de tanto tempo. Não só a família se emocionou, mas também os outros passageiros que desembarcaram no mesmo voo. Houve acenos, choro, abraços e até uma salva de palmas.
O voo da Força Aérea Brasileira faz parte da Operação Voltando em Paz, que busca repatriar brasileiros que desejam deixar a região de conflito entre Israel e o Hamas. Esse foi o terceiro voo de repatriação, trazendo 69 brasileiros de volta ao país.
A situação em Israel e na Palestina continua grave, com intensos bombardeios na Faixa de Gaza e um grande número de mortos e feridos. Autoridades locais contabilizam mais de 1,2 mil mortes até o momento, enquanto em Israel o número de mortos aumentou para 1,3 mil desde o início dos ataques do Hamas.
A FAB informou que ainda há outras aeronaves se preparando para repatriar brasileiros que estão na região. Um avião já decolou de Roma e deve chegar ao Rio de Janeiro amanhã. Além disso, a FAB está se preparando para fazer a primeira repatriação de brasileiros que estão na Faixa de Gaza.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva também se envolveu na questão, conversando por telefone com o presidente de Israel e agradecendo pelo apoio na retirada dos brasileiros. Lula condenou os ataques terroristas e manifestou solidariedade às famílias das vítimas. Ele também fez um apelo para garantir água, luz e remédios nos hospitais e se colocou à disposição para ajudar na busca por um caminho para a paz.
A violência na região continua a causar sofrimento e incerteza, e a situação humanitária se agrava a cada dia. Espera-se que as autoridades encontrem uma solução pacífica para o conflito e que mais brasileiros possam retornar ao país em segurança.
