Eleições legislativas na Polônia podem definir futuro das relações com a União Europeia e Ucrânia

Neste domingo, os eleitores poloneses estão votando em uma eleição legislativa, que se espera ser bastante disputada e cujo resultado terá um impacto significativo nas relações com a União Europeia (UE) e a vizinha Ucrânia. De acordo com as pesquisas, o partido populista Lei e Justiça (PiS), que está no poder atualmente, obteria o maior número de votos, porém insuficientes para formar uma coalizão de governo. Esse cenário abriria caminho para a oposição liderada pelo ex-presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk.

Ao meio-dia local, o registro de participação dos eleitores já alcançava 22,59%, o que representa um aumento em relação aos 18% registrados há quatro anos. Essa alta participação reflete o interesse dos eleitores poloneses nessa eleição crucial, que definirá o futuro do país e suas relações com a UE e a Ucrânia.

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Uma vitória do PiS poderia aumentar as tensões com a União Europeia e a Ucrânia, além de desapontar aqueles que se preocupam com questões fundamentais, como o Estado de Direito, a liberdade de imprensa e os direitos das mulheres e dos imigrantes. Por outro lado, Tusk argumenta que o PiS tem “planos secretos” para abandonar a UE e está levando o país na direção errada.

Em relação às alianças políticas, o partido no poder poderia recorrer à Confederação, um partido de extrema direita que é contrário à ajuda em larga escala para a Ucrânia e tem uma plataforma anti-imigrante e antieuropeia. No entanto, essa aliança parece improvável devido às tensões existentes entre os dois partidos. Enquanto isso, os centristas esperam que, se a Coalizão Cívica de Tusk ficar em segundo lugar, ele consiga formar um governo com dois aliados menores, a Esquerda e a Terceira Via.

A questão da Ucrânia também está em jogo nessas eleições polonesas, já que o governo polonês recentemente proibiu a importação de grãos ucranianos, alegando a necessidade de proteger os agricultores poloneses. Kiev e seus aliados ocidentais estão acompanhando de perto essas eleições, após a vitória de um governo na Eslováquia que é hostil à ajuda à Ucrânia.

Os resultados das eleições devem ser divulgados após o fechamento das urnas, previsto para as 21h locais. Além disso, o partido no poder convocou um referendo sobre questões relacionadas a imigrantes e economia, o qual a oposição pediu que fosse boicotado.

O futuro da Polônia e suas relações com a UE e a Ucrânia dependem dessas eleições legislativas, e os eleitores estão exercendo seu direito de votar em meio a uma atmosfera de incerteza e rivalidade política. Todas as opções estão em aberto, e o resultado final definirá o rumo do país nos próximos anos.

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