Estados Unidos temem escalada do conflito entre Israel e Hamas com possível envolvimento direto do Irã.

Em uma entrevista concedida à televisão CBS, o conselheiro de Segurança Nacional da Casa Branca, Jake Sullivan, expressou o temor dos Estados Unidos em relação a uma possível “escalada” no conflito entre Israel e o grupo fundamentalista islâmico Hamas, bem como ao potencial “envolvimento direto do Irã”. Sullivan chamou a atenção para a possibilidade de surgir uma nova frente de batalha na fronteira entre Israel e o Líbano. Segundo ele, os EUA devem se preparar para qualquer eventualidade.

Para dissuadir ações hostis contra Israel e evitar que o conflito se intensifique após os ataques do Hamas, o secretário de Defesa dos EUA, Lloyd Austin, anunciou o envio de seu segundo grupo de ataque de porta-aviões para o leste do Mediterrâneo. O porta-aviões USS Eisenhower irá se juntar ao USS Gerald R. Ford, o maior navio de guerra do mundo, que teve seu envio anunciado na semana passada.

Essas declarações foram feitas em meio ao aumento dos incidentes na fronteira entre Israel e o Hezbollah, grupo poderoso que conta com o apoio do Irã. Desde o início do conflito desencadeado pelo ataque sem precedentes do Hamas em solo israelense em 7 de outubro, milhares de vítimas foram registradas nos dois lados do conflito. Na sexta-feira, o Hezbollah declarou estar “totalmente preparado” para se unir ao Hamas no confronto contra Israel no momento adequado.

Neste domingo, o Exército de Israel anunciou a criação de uma zona tampão de 4 km na fronteira do Líbano, após a morte de um israelense. Como resultado, os habitantes que vivem a 2 km da divisa foram obrigados a sair do local e se abrigar na área além do perímetro estabelecido. Os civis têm estritamente proibida a entrada nessa área, e no sábado, já haviam sido aconselhados a irem para abrigos.

O ministro de Relações Exteriores do Irã, Hossein Amir Abdollahian, alertou também neste domingo, em Doha, no Qatar, que se Israel lançar uma ofensiva terrestre na Faixa de Gaza, “ninguém” será capaz de “garantir o controle da situação”. Segundo ele, isso poderia levar ao prolongamento do conflito, tornando-se um desafio de controle.

A situação na região continua tensa, com o risco de agravamento do conflito entre Israel e o Hamas e a possibilidade de envolvimento direto do Irã. Os Estados Unidos estão tomando medidas para conter as ações hostis contra Israel, demonstrando sua preocupação com a escalada do conflito. A comunidade internacional teme mais derramamento de sangue e busca soluções para evitar uma catástrofe humanitária de proporções ainda maiores.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo