Avdiivka começou a ser bombardeada desde julho de 2014, quando foi temporariamente ocupada pelos separatistas pró-russos apoiados por Moscou. Desde então, a cidade tem servido como linha de frente nessa região e tem sido alvo constante de ataques, mesmo antes da invasão russa em fevereiro de 2022. Nas últimas semanas, as forças russas conseguiram assumir o controle do norte, sul e leste da cidade, apertando o cerco progressivamente.
No entanto, diferentes analistas afirmam que Moscou sofreu perdas materiais significativas nessa ofensiva, com base em imagens divulgadas nas redes sociais. Por outro lado, o Exército ucraniano negou as afirmações russas, alegando que suas tropas têm conseguido repelir os ataques e que o inimigo tem falhado em suas tentativas de furar as defesas.
O prefeito de Avdiivka relatou uma situação “muito tensa” e afirmou que os russos estão aumentando o número de tropas ao redor da cidade na tentativa de cercá-la. Cerca de 1.600 civis permanecem em Avdiivka, pois os bombardeios constantes dificultam sua retirada. Antes da ofensiva russa, a cidade tinha 30 mil habitantes.
Essa nova investida do Kremlin em Avdiivka ocorre quatro meses depois de uma contraofensiva ucraniana, que teve resultados limitados. Putin afirmou que essa contraofensiva “fracassou completamente” e que o Exército russo está se preparando para novas operações ofensivas em algumas zonas de combate.
Além disso, ocorreram outros ataques russos em diferentes regiões da Ucrânia, deixando quatro mortos e três feridos nas províncias de Kharkiv e Kherson. O número de vítimas inclui civis que estavam na área ocupada pela Rússia em Kherson.
A situação continua tensa na Ucrânia, com as forças russas avançando e as tropas ucranianas tentando repelir esses ataques. A população civil continua sofrendo com os constantes bombardeios e as dificuldades para deixar as áreas de combate. O conflito também continua afetando a economia e a estabilidade da região.