De acordo com o presidente da ADEPPE, Diogo Victor, em julho deste ano ficou acertado na Secretaria de Administração do Estado que as mesas de negociação seriam iniciadas no começo de setembro. Entretanto, até o presente momento, não houve continuidade do que foi estabelecido, apesar das diversas manifestações da entidade e do Fórum de Segurança Pública.
“No mesmo fórum ficou acordado o pedido de instauração de núcleo de conciliação e mediação no âmbito do TJPE, com objetivo de intermediar negociações entre entidades representativas da segurança pública e o Poder Público, bem como uma grande passeata no dia 26 de outubro, reunindo as reivindicações comuns de todas as categorias da segurança pública”, afirmou Diogo Victor.
A assembleia terá como objetivo definir as novas frentes de mobilizações que serão adotadas pelos delegados. Entre as possibilidades, estão desde a não participação do plantão virtual e do novo plantão da Delegacia da Mulher do Cabo, recentemente anunciado pela governadora, até a entrega do Plano Jornada Extraordinária- PJES e de cargos.
Além disso, o novo plano de segurança proposto pelo Estado também pode não contar com a participação efetiva dos delegados. Segundo o presidente da ADEPPE, não há norma que obrigue um delegado a fazer plantão extraordinário ou deflagrar uma Operação de Repressão Qualificada. Os delegados fazem isso por terem compromisso com a sociedade e com a cidade em que trabalham.
É importante ressaltar que o atual secretário de Defesa Social, Alessandro Carvalho, já foi testemunha de que uma mobilização dos órgãos de segurança pode ser prejudicial ao plano de segurança. Foi justamente por esse motivo que ele foi exonerado do mesmo cargo em 2016.
A Assembleia Extraordinária da ADEPPE será um momento crucial para os delegados de polícia de Pernambuco definirem suas estratégias de mobilização e pressão junto ao governo do Estado, na busca por melhores condições de trabalho e valorização da categoria. Resta aguardar as decisões que serão tomadas nesse importante encontro.